“O plano, agora apresentado, permitirá cumprir objetivos fundamentais para o concelho de Castro Verde, nomeadamente ter comboios intercidades nesta linha, fazendo a ligação Beja/Faro e à restante rede ferroviária, nomeadamente a Évora e Lisboa”, refere o documento enviado à nossa redação.
António José Brito, presidente da Câmara de Castro Verde, referiu à Voz da Planície que “a expetativa, e o que se sabe, não corresponde às suspeitas que a Plataforma Cidadã “SIM! O aeroporto internacional de Beja é parte da solução” diz, ou seja espera-se que não seja verdade por ser absolutamente fundamental que a linha ferroviária do Alentejo seja uma linha que conta”.
No documento, o Município de Castro Verde frisa que “o concurso de requalificação da linha está previsto para 2026 e, se for cumprido esse objetivo, a autarquia entende como muito relevante para todo o território e, em particular, para este concelho”. Acrescenta que o PNI 2030 “também prevê a eletrificação do ramal que serve a mina de Neves-Corvo o que, na ótica da Câmara Municipal de Castro Verde, trará ganhos muito relevantes para a operação da Somincor e, aliás, para todo o território. Basicamente porque vai valorizar muito esse ramal para fins empresariais, uma vez que o mesmo não é exclusivo da Somincor e pode ser uma acessibilidade muito importante para potenciar o desenvolvimento do concelho de Castro Verde no futuro”, declarações que António José Brito deixa, igualmente, à nossa rádio.
António José Brito deixou claro, ainda, que “é preciso concluir o que tem de ser feito” e que “não há desculpas para não se cumprir o que está perspetivado com a entrada de Setúbal”. Salientou que o “nosso território é de baixa densidade e não pode ser prejudicado por isso”.
Durante anos, tem havido um discurso pró-ferrovia mas, infelizmente, tem faltado sempre uma estratégia clara e vontade política para concretizar essa aposta. Portanto, esta Câmara Municipal encara com satisfação esta ampla possibilidade, mas será preciso "ver para crer".
A ferrovia é um transporte fundamental e de futuro. É a opção crescente em toda a Europa e com vantagens de diversa ordem, nomeadamente ambientais. Por outro lado, num território de baixa densidade e envelhecido como o nosso, a aposta no transporte coletivo é, naturalmente, muito importante.
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