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Cancro da mama atinge sete mil mulheres por ano: a que sinais se deve estar atento?

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Cancro da mama atinge sete mil mulheres por ano: a que sinais se deve estar atento?

Em Portugal, são detetados todos os anos cerca de 7 mil novos casos de cancro da mama, sendo que mil e 800 mulheres acabam por morrer da doença.

Francisco Peralta Branco, médico oncologista, em entrevista ao Sapo, falou sobre esta patologia no âmbito do “Outubro Rosa”, o mês da consciencialização da doença. Hoje, dia 19, assinala-se o Dia Mundial do Cancro da Mama.

Sobre a prevenção da doença o médico refere que “existem uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, que podem reduzir a incidência do cancro da mama”, como por exemplo a adoção de um estilo de vida saudável, que “é altamente recomendada na prevenção de todas as doenças oncológicas”. Para além do mais, a atividade física regular, dieta cuidada, controlo do excesso de peso, deixar de fumar e evitar consumo de álcool são outros comportamentos que podem diminuir a incidência de cancro.

É referido que numa pequena minoria dos casos, cerca de 10%, o cancro da mama associa-se a alterações genéticas de transmissão familiar. Quando alguém é portador deste tipo de mutações “tem um risco muito elevado de desenvolver um cancro da mama ao longo da sua vida” (60% a 80%). Nestes casos, o médico oncologista sublinhou que pode ser realizada uma cirurgia em que se “remove todo o tecido glandular mamário” e trata-se de uma intervenção que “previne drasticamente o surgimento de cancro”, reduzindo o risco para menos de 5%.

Relativamente a sintomas há sinais a que as pessoas devem estar atentas e no caso de se detetar um deles deve consultar o seu medico assistente: qualquer alteração do aspeto, da forma ou da palpação da mama; aparecimento de nódulos ou tumefações na mama ou axilas; alterações no mamilo como retração ou corrimento e alterações da pele da mama, aréola ou mamilo.

Em relação ao rastreio do cancro da mama, a Direção Geral de Saúde recomenda a realização de uma mamografia a cada 2 anos em mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos. Contudo, o médico frisa que “uma percentagem muito importante dos diagnósticos (cerca de 50%) são feitos em mulheres com idades fora do intervalo em que está preconizado o rastreio”.

É aconselhado que todas as mulheres façam regularmente, pelo menos uma vez por mês, um auto-exame da mama para perceber se têm nódulos ou outras alterações. A vigilância que leva à deteção e diagnóstico precoce é fundamental no que diz respeito ao tratamento da doença e prognóstico.


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