Em declarações à agência Lusa, a presidente do município de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, Marta Prates (PSD), lembrou hoje que o Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão (POAAP) “é um documento de 2002, ou seja, tem 22 anos”.
“É o único instrumento que existe para o ordenamento deste recurso hídrico que é o Alqueva. Só que, 22 anos depois, as coisas mudaram e os municípios perceberam que o Alqueva tem muitas potencialidades que não estão previstas no POAAP”, disse.
O atual plano, cuja revisão até foi aprovada através de uma resolução do Conselho de Ministros, em 2006, mas não avançou, é “extremamente restritivo do ponto de vista das regras” e está “desadequado da realidade”, disse a autarca.
Tal como já defendeu no passado, a par de autarcas de outros concelhos que confinam com o Alqueva, Marta Prates defendeu que é preciso avançar com a revisão do POAAP para responder “às necessidades das autarquias, das regiões de turismo, dos empresários”.
“É preciso que seja revisto e estudado, é preciso que cada um de nós diga, efetivamente, aquilo de que necessita no seu território”, salientou, ressalvando que não podem ser esquecidos “os parâmetros e balizas ambientais de proteção deste recurso hídrico”, que os autarcas “querem protegido”.
Para conseguirem “tirar da gaveta a revisão do plano”, as câmaras de Reguengos de Monsaraz, Alandroal, Mourão e Portel (no distrito de Évora), Elvas (distrito de Portalegre) e Moura, Serpa e Vidigueira (distrito de Beja) uniram-se e, em 2023, reuniram-se com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
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