Orçamento e Grandes Opções do Plano de Beja para 2023, no valor de 62 milhões e 300 mil euros, passaram com os votos a favor dos vereadores do Partido Socialista (PS), que compõem o executivo municipal, três vereadores. Já o Mapa de Pessoal para o próximo ano, que prevê 33 novos recrutamentos, foi aprovado por unanimidade, com a recomendação da Coligação Democrática Unitária (CDU) de ser “reforçado o pessoal operacional” e acatada pelo executivo municipal, dizendo que “se vier a verificar-se essa necessidade, o mapa pode ser atualizado”.
Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, classificou este "como o maior orçamento de sempre" e disse que “os 62 milhões e 300 mil euros previstos estão alicerçados nos projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e Alentejo 2020, com projetos importantes para o concelho e região”. Frisou, contudo, ser, também, de “enquadramento do final do Portugal2020 e início do Portugal2030”.
“Melhorias no funcionamento da Câmara, fora das verbas dos fundos comunitários estão previstas também, como é o caso da limpeza urbana, reabilitação da área circundante ao Flávio dos Santos e os projetos vencedores do Orçamento Participativo 2022”, adiantou, igualmente, o presidente Paulo Arsénio.
Os vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU) avançaram antes da reunião de Câmara que o seu voto seria contra. Justificam o mesmo referindo que o “orçamento municipal apresentado, o segundo do atual mandato e sexto desta gestão do Partido Socialista (PS), confirma, lamentavelmente, que o PS não tem projeto nem visão estratégica para o concelho de Beja!”
Referem, também, que o orçamento demonstra “incapacidade de ousar, implementando medidas, ao alcance do orçamento municipal, que alavanquem o desenvolvimento integrado do território, que faça de Beja muito mais do que um slogan vazio de um qualquer «Centro do Sul», projetando-a como capital agregadora de vontades da região, honrando o seu passado e valorizando o seu futuro”. Em suma, os vereadores da CDU frisam que o orçamento municipal “não serve a população de Beja”.
Pontos apontados, igualmente, entre outros, na declaração de voto lida na votação dos documentos previsionais para 2023 do Município de Beja.
O vereador Nuno Palma Ferro, do Beja Consegue!, absteve-se, viabilizando a aprovação do orçamento. Deixou, contudo, entre outros, registos de “total discordância com a forma como está a ser gerido o processo da Estratégia Local de Habitação”. Como ponto positivo identificou, por exemplo, “a introdução da circular externa à cidade e a intervenção no Beja II", propostas por esta força política.
Nuno Palma Ferro fez uma declaração de voto onde recordou que “em 2022 a votação foi igual”. Acrescentou que “relativamente ao orçamento de 2022 foi frisado ser pouco ou nada ambicioso” e que “é com tristeza que um ano depois se constata que nada mudou pois há obras estruturantes que ficaram por concretizar e que a execução do previsto não irá ultrapassar os 80 por cento". Terminou clarificando que em 2023, o vereador fará “uma fiscalização apertada à execução do orçamento” que viabilizou "por Beja".
Recordamos que o executivo municipal da Câmara de Beja é constituído por três elementos do PS, o presidente Paulo Arsénio, o vice-presidente Rui Marreiros e a vereadora Marisa Saturnino. Tem, ainda, três vereadores não executivos da CDU, Vítor Picado, Rui Eugénio e Fátima Estanque e um do Beja Consegue!, Nuno Palma Ferro.
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