"De 1 a 14 de abril tivemos 34 casos em Beja, o que aplicando a fórmula dá 101 casos por 100 mil habitantes. E se recuarmos um dia, de 31 de março a 13 de abril, o índice apenas sobe para 107", esclarece o presidente da Câmara de Beja, avançando à Voz da Planície que foram estes os dados, os corretos, que levaram a DGS a recuar na decisão.
Moura e Odemira regressam à primeira fase, ou seja voltam a ver esplanadas fechadas, museus e monumentos.
Sobre este retrocesso, o autarca de Moura, Álvaro Azedo, voltou a criticar que se queira comparar a situação dos municípios menos populosos”. Frisa que "esta fórmula de cálculo é altamente prejudicial para os municípios menos populosos" e reitera o impacto negativo desta situação, ou seja desta regressão, ao primeiro desconfinamento, no tecido social e económico do concelho.
Em nota de imprensa, o PCP de Moura destacando "o papel colaborante e o sacrifício das nossas populações no combate à pandemia Covid-19, considerando que não pode ser a mesma responsabilizada pela aplicação de regras desproporcionadas e perante a decisão tomada pelo governo minoritário do PS no sentido de dar um passo atrás no desconfinamento, insiste que é necessário reforçar o Serviço Nacional de Saúde e o plano de vacinação; que é necessário permitir a atividade económica com garantia de condições de segurança; que é necessário e urgente reclamar medidas compensatórias para aqueles que se vêm obrigados a encerrar e a perder rendimentos neste momento." acrescenta que "é por isso que desde o início da pandemia, votámos contra a declaração do estado de emergência, insistindo que para resolver este problema necessitamos de muito mais do que medidas avulsas, desconexas e de eficácia comprovadamente nula, que apenas têm cumprido com o propósito de atrair destaque mediático para os seus promotores. Atitudes que não defendem o nosso concelho."
Perante
esta decisão de regredir nas medidas de desconfinamento em vigor,
aplicadas ao
concelho de Odemira, o coletivo da Câmara Municipal deliberou por
unanimidade, propor
que o Governo de Portugal deve rever imediatamente a metodologia de
cálculo dos indicadores
que serviram de base à decisão e que devem ser corrigidos os
indicadores, sendo revista a aplicação das medidas adotadas. Caso
não se alterem os respetivos indicadores, o Governo de Portugal
deve, refere a Câmara de Odemira também, considerar imediatamente a
tomada de medidas adicionais, designadamente ao nível da restrição
de circulação com origem/destino ao concelho.
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