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Beja afinal vai desconfinar. DGS recuou e deu razão aos dados apresentados pela Câmara de Beja

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Beja afinal vai desconfinar. DGS recuou e deu razão aos dados apresentados pela Câmara de Beja


António Costa anunciou ontem que há sete concelhos que não reúnem as condições para avançar para a próxima fase, a 3ª do desconfinamento, enquanto que quatro deles irão mesmo recuar para a fase anterior. Beja estava nos sete que ficariam estagnados, mas a autarquia contestou e hoje de manhã houve um recuo nesta decisão. Afinal Beja vai desconfinar e ainda será publicado no decorrer do dia de hoje um comunicado da DGS com esta informação.

"De 1 a 14 de abril tivemos 34 casos em Beja, o que aplicando a fórmula dá 101 casos por 100 mil habitantes. E se recuarmos um dia, de 31 de março a 13 de abril, o índice apenas sobe para 107", esclarece o presidente da Câmara de Beja, avançando à Voz da Planície que foram estes os dados, os corretos, que levaram a DGS a recuar na decisão.

Moura e Odemira regressam à primeira fase, ou seja voltam a ver esplanadas fechadas, museus e monumentos. 

Sobre este retrocesso, o autarca de Moura, Álvaro Azedo, voltou a criticar que se queira comparar a situação dos municípios menos populosos”. Frisa que "esta fórmula de cálculo é altamente prejudicial para os municípios menos populosos" e reitera o impacto negativo desta situação, ou seja desta regressão, ao primeiro desconfinamento, no tecido social e económico do concelho.

Em nota de imprensa, o PCP de Moura destacando "o papel colaborante e o sacrifício das nossas populações no combate à pandemia Covid-19, considerando que não pode ser a mesma responsabilizada pela aplicação de regras desproporcionadas e perante a decisão tomada pelo governo minoritário do PS no sentido de dar um passo atrás no desconfinamento, insiste que  é necessário reforçar o Serviço Nacional de Saúde e o plano de vacinação; que é necessário permitir a atividade económica com garantia de condições de segurança; que é necessário e urgente reclamar medidas compensatórias para aqueles que se vêm obrigados a encerrar e a perder rendimentos neste momento." acrescenta que "é por isso que desde o início da pandemia, votámos contra a declaração do estado de emergência, insistindo que para resolver este problema necessitamos de muito mais do que medidas avulsas, desconexas e de eficácia comprovadamente nula, que apenas têm cumprido com o propósito de atrair destaque mediático para os seus promotores. Atitudes que não defendem o nosso concelho."

Perante esta decisão de regredir nas medidas de desconfinamento em vigor, aplicadas ao concelho de Odemira, o coletivo da Câmara Municipal deliberou por unanimidade, propor que o Governo de Portugal deve rever imediatamente a metodologia de cálculo dos indicadores que serviram de base à decisão e que devem ser corrigidos os indicadores, sendo revista a aplicação das medidas adotadas. Caso não se alterem os respetivos indicadores, o Governo de Portugal deve, refere a Câmara de Odemira também, considerar imediatamente a tomada de medidas adicionais, designadamente ao nível da restrição de circulação com origem/destino ao concelho.


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