Nesta audição, pedida com caráter de urgência, vão ser ouvidos o movimento “Juntos pelo Sudoeste”, a Associação de Beneficiários do Mira, a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, a Junta de Freguesia de Santa Clara-a-Velha, a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo e a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
“A crescente escassez hídrica na albufeira de Santa Clara, em Odemira, levou ao corte do fornecimento de água a pequenos consumidores que se encontram fora do Perímetro de Rega do Mira, em Aljezur e Odemira. Também as explorações agrícolas que estão dentro do perímetro de rega, mas que não estão inscritas na campanha deste ano, ficam privadas da água da albufeira. Além disso, desde o mês de maio que não é garantido o caudal ecológico ao rio Mira, colocando em risco a biodiversidade que depende daquela água. Há já relatos do aparecimento de peixes mortos em troços secos do rio ou onde a água tem pouca profundidade.
A Associação de Beneficiários do Mira (ABM), entidade que gere os recursos hídricos da albufeira e que decidiu cortar a água aos pequenos produtores ditos “precários”, argumenta que estes beneficiários dispõem de alternativas. Esse não tem sido o entendimento das centenas de utentes que veem hoje em risco os seus pequenos negócios, pequenas hortas e criação de animais por falta da água de que usufruíram, e pagaram, durante décadas.” E são estes os motivos que levaram a este pedido urgente de audição parlamentar.
Foto: Rádio Sines.
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