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Cultura

Barrancos vai criar o Centro de Interpretação do Barranquenho

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Barrancos vai criar o Centro de Interpretação do Barranquenho


O Município de Barrancos quer preservar para o futuro o barranquenho e por isso mesmo, está a trabalhar na criação de um Centro de Interpretação que vai ser instalado num edifício “senhorial” em conjunto com a Biblioteca Municipal. Neste trabalho, o Município conta com o apoio de uma equipa de especialistas e o objetivo é permitir a “sobrevivência desta língua minoritária”.

O primeiro passo vai ser dado com a edição das Atas do Congresso Internacional: “O Barranquenho – Ponte Entre Línguas e Culturas: Passado, Presente e Futuro, realizado a 2 de junho de 2017”, avançou à Voz da Planície o presidente da Câmara João Serranito Nunes. Revelou, também, que “neste processo, que prevê durar cerca de 2 anos, e que inclui a recuperação do edifício e a preservação do barranquenho, o Município faça um esforço financeiro de 110 mil euros.”

João Serranito Nunes explica que “em Barrancos se falam três línguas: o barranquenho, o português e o castelhano” e que a ideia “é deixar para o futuro este legado linguístico”. Como? quis a Voz da Planície saber e o presidente da Câmara esclareceu, contando que se pretende “conseguir ter um dicionário, uma língua estruturada e uma grafia, que permita ser ensinada na escola, fazendo com que o barranquenho deixe de ser só oralidade e salvaguardando assim, a permanência da língua”.

Foi, igualmente, João Serranito Nunes quem explicou o que está pensado para o espaço, a casa “senhorial”, próxima do Museu de Etnografia local, que vai ser partilhada pelo Biblioteca Municipal e o Centro de Interpretação do Barranquenho, para “guardar, registar e ser visitável mostrando/preservando a identidade cultural de Barrancos”.

João Serranito Nunes apresentou, ainda, a equipa de especialistas que o Município tem a trabalhar este processo e que reúne nomes da Universidade de Évora e de uma Universidade de Madrid.

No final referiu que “este processo sofreu alguns atrasos devido à pandemia, no que se refere ao trabalho de campo que é necessário fazer”, mas que “está a ser continuado” e que se “prevê poder ficar concluído dentro de dois anos”


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