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Ambiente

Em período de seca a barragem de Alqueva é “um oásis no País” situado no Alentejo

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Em período de seca a barragem de Alqueva é “um oásis no País” situado no Alentejo

A barragem do Alqueva garante “rega e abastecimento de água às populações”. A “albufeira está, atualmente, com 79,15% da capacidade máxima” e consegue fazer “todos os fornecimentos” mesmo em períodos de seca como o que se está a viver. “250 mil alentejanos dependem de Alqueva para ter água nas torneiras”, assegura a EDIA.

O Instituto do Mar e da Atmosfera revela que a situação de seca ainda não é tão grave como em 2005, mas refere que - desde o início do corrente ano hidrológico (outubro de 2021) - são registados valores de precipitação inferiores ao normal. Os índices de seca apontam, segundo a mesma fonte, para “seca extrema” nos finais deste mês em todo o distrito de Beja. 

“Se houve alturas em que o modelo de construção da barragem do Alqueva foi questionado, hoje - perante os períodos de seca que o território tem enfrentado e vivendo agora mais um - pode dizer-se que o facto, de ser de grande armazenamento permite receber as águas das chuvas, retê-las e ficar com capacidade, durante longos períodos sem precipitação, para regar e abastecer as populações”, diz José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração (CA) da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA).

"Assinala-se, no dia 8 deste mês, 20 anos sobre o encerramento das comportas da barragem de Alqueva. O projeto passou a reforçar, sempre que necessário, no que se refere ao abastecimento de água, 13 concelhos alentejanos, incluindo os de Beja e Évora, num total de mais de 200 mil habitantes. Este número irá crescer com a ligação do Alqueva à albufeira do Monte da Rocha, que abastece os concelhos de Castro Verde, Almodôvar e Ourique e parte dos de Odemira e Mértola”, refere o responsável da EDIA. José Pedro Salema revela que há “250 mil alentejanos que dependem de Alqueva para terem água em suas casas”.

“A água na casa das pessoas é assegurada e o regadio dos 120 mil hectares em exploração também”, sublinha José Pedro Salema. Lembra, contudo, que “90% do Alentejo não é servido por Alqueva”, mas que “um pouco de regadio pode significar a subsistência em vez da ruína para algumas explorações.”

“Sabendo que não se consegue garantir que o benefício da água de Alqueva possa chegar a todos os concelhos e proprietários do Alentejo pensa-se o regadio escolhendo os melhores solos, assim como a relação proximidade e possibilidade”, adianta José Pedro Salema. Neste contexto, ficou a Voz da Planície a saber igualmente, a EDIA prepara candidaturas ao Programa Nacional de Regadios para financiar a construção de mais quatro blocos, num investimento de cerca de 180 milhões de euros para regar mais cerca de 20.000 hectares. Trata-se dos blocos de Póvoa/Amareleja, Vidigueira, Reguengos e Messejana - este incluirá a ligação à albufeira do Monte da Rocha -, que deverão começar a regar até 2025. E assim finaliza a expansão da segunda fase do projeto.

O futuro, assegura o presidente do CA da EDIA, passa por “alcançar a desejada autonomia energética”. Pois, esclarece José Pedro Salema, “é necessária muita energia para garantir que o abastecimento de água chega à casa das pessoas, assim como evitar pagar as oscilações nestes custos.” Para atingir este objetivo, a EDIA aguarda autorização para financiar a instalação de mais 10 centrais fotovoltaicas flutuantes junto das principais estações elevatórias, num total de 60 MW.

Recorde-se que Alqueva é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.160 quilómetros de margens. E que para além do regadio e do abastecimento de água às populações produz, também, energia elétrica.


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