Em consequência da pandemia, as limitações à circulação de pessoas e produções expuseram as fragilidades do sistema alimentar dominante baseado no comércio internacional.
Porém, as políticas definidas pelo Governo e por Bruxelas continuam focadas na grande agricultura, mais intensiva, mais concentrada, e também mais privilegiada, com capacidade e vocação exportadora, negligenciando e prejudicando a agricultura familiar e os pequenos e médios agricultores que abastecem o mercado interno.
A grande diminuição da atividade da restauração e hotelaria e a opção inicial de decretar o encerramento das feiras e mercados de proximidade, penalizaram bastante a agricultura familiar. Contudo, a CNA contestou e conseguiu reabrir e manter abertos mercados e feiras.
Logo no início da pandemia, animais e lacticínios ficaram por vender, as colheitas apodreceram, e outras culturas ficaram atrasadas ou por fazer. Posto isto, foi difícil manter preços baixos em produtos como o azeite tradicional, leitões, borrego, carne bovina, queijos, entre outros, devido à pandemia e às importações desnecessárias de bens agroalimentares.
A CNA destaca positivamente, o aumento do valor do Regime Pequena Agricultura, de 600€ para 850€.
Em suma, são muitos os problemas que afetam diretamente a agricultura familiar, uma agricultura que garante e protege a agro-biodiversidade e o ambiente, produz grande parte do abastecimento do mercado interno e os mercados de proximidade, com produto de qualidade e culturalmente adequados. Segundo a CNA, são necessárias melhores políticas agro-rurais de forma a defender a produção nacional e a soberania alimentar do país.
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