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Água nas torneiras de Odivelas com depósito abastecido por autotanques

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Água nas torneiras de Odivelas com depósito abastecido por autotanques

A água ainda não faltou nas torneiras da aldeia de Odivelas, no concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja, mas apenas graças aos autotanques que estão a abastecer o depósito da povoação.

Um autotanque dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, com capacidade para 16 mil litros faz dois dos abastecimentos, diários, necessários em Odivelas. O terceiro é realizado pelo camião-cisterna da Câmara. O depósito que abastece a aldeia de Odivelas leva cerca de 52 mil litros de água.

Atento às manobras dos camiões, José Raposo, habitante de Odivelas, diz que “a água ainda não faltou porque os homens vão todos os dias, três e quatro vezes, levar água” ao depósito e ao furo que serve a aldeia. “Não tem chovido, não há água no furo. Eles têm que trazer água para ali, para aquele depósito”, sublinha.

No centro de Odivelas, enquanto dispõe as mesas da esplanada do "Café Abelha", à sombra do edifício, dado o calor que já “aperta”, João Romão afiança que o problema da falta de água não é novo e dura “já aos anos”. Mas, este ano, talvez devido à “situação de mais calor e de menos chuva, os níveis freáticos estão muito baixos”, realça, afirmando: “Está aqui uma grande crise de água”.

“Até me admirei. Moro ali ao fundo, vejo a entrada para Odivelas e digo assim: então mas estes camiões agora para aqui? Depois, houve alguém que me disse que era um camião novo da Câmara que já andava a transportar água para o nosso depósito”, conta.

Segundo a Câmara de Ferreira do Alentejo, os abastecimentos ininterruptos do depósito de água desta aldeia alentejana começaram no passado dia 12 de junho, mas, antes, já eram feitos de forma “muito pontual”.

O presidente do município, Luís Pita Ameixa, explica que o abastecimento público de Odivelas “é um problema já estrutural”, porque a povoação situa-se numa “zona onde é muito difícil encontrar água”. Porém, revela, a câmara “tem em desenvolvimento um projeto para fazer a condução da água” de uma nova origem para o depósito da localidade, que deverá “entrar em obra tão rápido quanto possível”, mas não a tempo de resolver o problema este verão.

Pita Ameixa frisa que, para já, não estão identificadas outras dificuldades de abastecimento no concelho, devido à seca, mas, se surgirem novos problemas, os bombeiros e a câmara estão “bem equipados” para levar a água em autotanques para que “nunca falte às pessoas”.



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