“Necessitamos que as distâncias que tem Beja a mercados como a Área Metropolitana de Lisboa ou o Algarve sejam substancialmente reduzidas”, o que “só é possível com um investimento na recuperação integral da Linha do Alentejo”, realçou.
Manuel Tão, especialista em sistemas de transportes, salientou que a Linha do Alentejo “tem um traçado bom” e que, se esta ferrovia fosse reabilitada, os comboios poderiam atingir velocidades de 200 quilómetros ou mais por hora. Isso permitiria “encolher distâncias”, sublinhou, assinalando que os comboios que partiriam do Aeroporto de Beja levariam 40 minutos até ao Pinhal Novo (Palmela, Setúbal) e pouco mais de uma hora até Sete Rios (Lisboa) e Albufeira (Algarve).
“Necessitamos de injetar capacidade aeroportuária num sistema que está esgotado e isso só se consegue com algo que já está construído”, pois “as necessidades são tão prementes que não há tempo para construir”, acrescentou. Segundo este especialista, a construção de um novo aeroporto pode levar “uma década ou eventualmente mais” desde que o Governo toma a decisão de o construir até a infraestrutura entrar em operação.“Nessa década, nem o turismo vai parar nem a pressão sobre os aeroportos existentes vai diminuir”, acrescentou.
Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRAlentejo), António Ceia da Silva, que também esteve presente no seminário, defendeu que os argumentos da Plataforma Cidadã “Sim ao Aeroporto Internacional de Beja” merecem “chegar ao Governo e ter sua aquiescência”. “O Aeroporto de Beja está construído e outros não estão”, destacou.
A Plataforma Sim ao Aeroporto Internacional de Beja já entregou na Assembleia da República uma petição em defesa do Aeroporto de Beja da criação de acessibilidades à infraestrutura, com mais de 3.000 assinaturas.
A recolha de assinaturas prossegue “até 30 dias” após a petição – disponível em https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT115231 - dar entrada na comissão parlamentar
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