O aeroporto do Montijo teve um novo revés, com “o indeferimento do pedido de apreciação prévia da viabilidade da construção complementar do Montijo pelo regulador da aviação, depois do parecer desfavorável dos municípios da Moita e do Seixal e da não entrega de parecer de Alcochete. A resposta do Governo chegou com o anúncio de uma Avaliação Ambiental Estratégica a três possibilidades - duas com o Montijo e a Portela e a terceira apenas com Alcochete - e com a aprovação em Conselho de Ministros de mudar a lei para impedir que infraestruturas fundamentais para o país possam ser vetadas pelas autarquias.”
Mas o aeroporto de Beja volta a ser uma hipótese que encontra defensores, “aliando a infraestrutura já existente ao potencial de ligação e captação de atividade e pessoas para uma zona do país que sofre, há décadas, os efeitos da desertificação.”
Filipe Pombeiro, presidente da Direção do NERBE/AEBAL, lembra as três vertentes em que o aeroporto de Beja pode ser valorizado, ou seja “a industrial, a de carga e a de passageiros”, recordando que “os empresários sempre o defenderam como complementar ao de Faro e Lisboa”.
Uma solução que dinamiza o turismo na região, mas que carece da resolução do “problema das acessibilidades". Pois, refere Filipe Pombeiro, "com uma boa ferrovia e uma boa rodovia, numa hora estamos em Lisboa”, frisando que o de Beja pode ser um aeroporto complementar . Filipe Pombeiro vê com bons olhos “as possibilidades que o Programa de Recuperação e Resiliência pode trazer, tendo em atenção os investimentos que podem ser feitos nas acessibilidades”.
A FIRMA, consultora de Bernardo Theotónio-Pereira, criou uma equipa para estudar o tema e apresentar "uma proposta concreta e viável focada no combate à desertificação do território nacional e na eficiente utilização dos recursos existentes". E a solução que surgiu foi o "Aeroporto Portugal Sul, com a criação da ligação ferroviária de alta velocidade nacional". A ideia é “potenciar uma infraestrutura existente, reocupar o território, garantir a coesão territorial necessária e aproximar Portugal das regiões próximas da Estremadura e Andaluzia (mercados que representam cerca de 80% do PIB nacional) e do mercado europeu, através da criação de uma linha ferroviária de alta velocidade que, por sua vez, permitirá atrair indústrias nacionais e internacionais e a utilização eficiente dos recursos existentes e a receber os fundos estruturais”, pode ler-se no “Diário de Notícias”.
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