Realizou-se nesta segunda-feira, uma reunião solicitada pelo Grupo Parlamentar do PCP, onde foi confirmada a posição do partido à Direção do Aeroporto da capital de distrito, no que diz respeito ao aproveitamento e potencialidades desta estrutura aeroportuária.

Para o PCP, o aeroporto de Beja “é uma oportunidade e deve ser aproveitada”. Os comunistas verificaram no terreno que, para além de “mais investimento”, o aeroporto precisa de mais placas de estacionamento, aumentar os armazéns de apoio e também acesso à própria pista, nomeadamente nas placas de estacionamento.

No entanto, João Dias, deputado do PCP, no balanço que fez da reunião, sublinha que “por mais que se façam investimentos”, o aeroporto de Beja “por si só não consegue afirmar-se em termos de opções e escolhas das companhias aéreas porque não tem as acessibilidades necessárias”.

O facto de ser um aeroporto que não é servido nem por autoestrada, nem por ferrovia ou rodovia, como tem vindo a ser dito por diversas vezes nos meios de comunicação, acaba por isolar a estrutura não servindo os interesses das companhias aéreas e seus serviços.

Para o partido, o aeroporto de Beja deve ser integrado no sistema aeroportuário nacional, servindo “os interesses do país” e não “os interesses económicos”. E por estas e outras questões, o aeroporto de Beja continua com “dificuldades em levantar voo de uma vez por todas”, referiu ainda João Dias.

O deputado parlamentar revela que a Direção do Aeroporto de Beja disse que “ainda não tem estabilizada a estratégia para o aeroporto”, o que para João Dias significa que “não existe vontade de investimento do governo”, nem interesse por parte de outras entidades.

O Aeroporto de Beja já conta com mais de 10 anos de atividade e está longe de ser o importante ativo da rede de transportes da região que se deseja. Apesar de reunir todas as condições ainda não se constituiu como uma infraestrutura fundamental para o desenvolvimento do Alentejo.