Nos últimos tempos o aeroporto de Beja tem sido muito falado, muito devido à questão do aeroporto do Montijo ter sofrido um revés. Mas também foi há pouco tempo que se ficou a saber, mais precisamente no dia 17 do passado mês de março, dito por António Costa, que “Beja não é solução para a construção do novo aeroporto”. A pergunta foi feita por André Silva, do PAN, e António Costa explicou que “colocar um aeroporto em Beja não faz sentido, já que a localização não pode ficar a 129 km de Lisboa.”

Na data em que se recorda o primeiro voo civil a partir do aeroporto de Beja - saiu às 18.25 horas de 13 de abril de 2011 rumo à ilha do Fogo, em Cabo Verde, com 70 viajantes a bordo do "B.Leza", um avião Boeing 757-200 da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV)-, lembramos a sua importância na perspetiva de desenvolvimento integrado para o Alentejo, surgindo como uma mais valia do investimento feito na região e considerando todas as outras acessibilidades, incluindo a ligação ferroviária até ao Algarve. Isto mesmo é defendido pela Plataforma Alentejo. As declarações são de Claudino Matos deste movimento.

O certo é que o aeroporto de Beja resultou do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, representou um investimento público de 33 milhões de euros e, até à data, continua sem “trajetória definida”. Ao que tudo indica, e todos são unânimes nessa defesa, precisa de acessibilidades associadas, ferroviárias e rodoviárias, que continuam sem estar efetivadas.

Transporte de Passageiros, de mercadorias, aparcamento, manutenção, industria são várias as possibilidades e potencialidades apontadas, e defendidas, principalmente no último mês, pelas diversas forças políticas da região. A título de exemplo, na passada semana, o PCP entregou um projeto de resolução na Assembleia da República a sugerir que, através do PRR ou de outros financiamentos, seja dado um rumo ao aeroporto de Beja.

10 anos depois podemos perguntar para quando um “destino seguro” para esta infraestrutura aeroportuária da cidade?.