Os exemplares a soltar durante este mês nasceram em 2020, em três dos quatro Centros de Reprodução em Cativeiro, existentes na Península Ibérica, dois destes linces nasceram em território nacional, no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, situado em Silves, no Algarve.

Segundo nota de imprensa do ICNF, o ano passado foi positivo para o lince em Portugal, com o nascimento de 60 crias em meio natural e o estabelecimento de 18 fêmeas reprodutoras com territórios estabilizados, tornando deste modo, o Vale do Guadiana em uma das áreas de reintrodução com maior sucesso a nível ibérico.

Os proprietários e gestores de herdades ou zonas de caça, contribuíram para este balanço positivo, devido à sua colaboração, no que diz respeito a uma gestão sustentável do território, a abundância de coelho-bravo, uma atitude favorável evidenciada pela população local à presença do lince e a fundamental conectividade da população de linces do Vale do Guadiana com aquelas presentes em território espanhol, de acordo com a nota de imprensa.

O ICNF informa ainda que foi através do projeto LIFE Iberlince que a área de reintrodução foi definida em Portugal. A área do Vale do Guadiana compreende territórios dos concelhos de Mértola, Serpa e zonas adjacentes, para onde os linces naturalmente se dispersaram. Estas áreas estão agora a ser consolidadas, ampliadas e interligadas no âmbito do novo projeto LIFE Lynxconnect, liderado pela CAGPyDS da junta de Andaluzia, iniciado em setembro de 2020, e em Portugal integra parceiros como o ICNF, CIMBAL e Infraestruturas de Portugal.

Foto: João Santos | ICNF