Eugénio Ruivo tem 67 anos, é de Lisboa e foi preso pela primeira vez com 17 anos de idade. A primeira prisão deu-se no contexto da sua experiência nas eleições fraudulentas de 1969. Lutou por uma vida melhor, foi preso por isso, sujeito a torturas, incluindo a do sono e deixou um testemunho sentido sobre as suas vivências enquanto preso político. Contou como comunicavam os presos entre celas e como se ajudavam nessa comunicação, dando força uns aos outros para aguentarem, resistirem e acima de tudo não denunciarem.
Para além de Eugénio Ruivo também o seu irmão, a sua mãe e o seu pai foram presos pela PIDE antes do 25 de Abril de 1974. Na sua última prisão, a quarta, no Forte de Caxias, só conheceu a liberdade a 26 de abril, depois do golpe de estado que colocou um fim a uma ditadura de 48 anos e conta como foi ser libertado e ter conhecimento de que tinha havido uma revolução em Portugal.
Estas e outras histórias de vida vão ser reveladas na emissão especial de sábado, dia 24, a partir das 22.00 horas, na Voz da Planície, nos 104.5 fm e emissão on-line.
Hoje, Eugénio Ruivo está, durante a tarde, a participar numa iniciativa, no ISCTE, no Núcleo dos Alunos de História Contemporânea e Ciência Política, para dar o seu testemunho de vida.
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