foto: Susana Valadas / DR
Stereossauro conta já com um repertório musical significativo, quer de discos em nome próprio quer de produção para outros artistas. Músico autodidacta com formação académica em Design Industrial, destaca-se na sua produção discográfica a fusão de fado tradicional com música electrónica, com destaque para a remix instrumental de "Verdes Anos" do mestre Carlos Paredes, em 2007, e também o aclamado "Bairro da Ponte", em 2018, sendo o pioneiro e principal impulsionador do "Novo Fado". Na sua carreira de DJ, sagrou-se duas vezes campeão mundial de scratch juntamente com DJ Ride (Beatbombers, 2011 e 2016), pela IDA International DJ Association, e conta com múltiplas actuações em clubs e festivais, em Portugal e no estrangeiro. O seu último disco, "Desghosts & Arraiolos" editado em 2021, que conta com grandes sucessos que passam todos os dias na Rádio Voz da Planície e que têm participações de Carlão, Marisa Liz, Aurea, New Max (Expensive Soul), entre muitos outros artistas, mostra bem a versatilidade e criatividade de um dos DJ's e produtores mais importantes da música portuguesa.
Ana Magalhães é uma fadista por natureza, mas com formação académica em Design Gráfico. Apesar de ser uma voz ainda pouco conhecida, o seu percurso musical está enraizado na passagem por várias casas onde, de forma orgânica, aprendeu a cantar e a sentir o fado no seu estado mais puro, onde a tradição acontece. É a primeira vez que grava um disco de estúdio, será o seu primeiro contributo para a cultura portuguesa. Ana Magalhães é uma nova voz para descobrir no novo álbum de Stereossauro.
"Nome de Mulher" é uma canção sobre uma mulher que enfrenta sem medo alguém que a enganou, uma mulher que não se deixa ficar, que vive plena da sua força, do seu espírito e da sua natureza. "Se eu te ouvir falar e me desagrade, ficas a saber porque é que as tempestades têm nomes de mulher", é uma das frases marcantes desta canção.
A ilustração da capa do novo álbum de Stereossauro é de Tamara Alves, artista plástica e ilustradora portuguesa com trabalhos reconhecidos em vários países, que captou nesta imagem a essência de rua e contexto urbano deste novo fado de guerrilha sentimental. A Tamara Alves tem vindo a construir uma narrativa que celebra de forma crua e poética a vitalidade das sensações fortes, de um devir animal, da paixão bruta, por oposição à deliberação racional.
Como referido anteriormente, "Nome de Mulher" já se ouve na Rádio Voz da Planície e é também o primeiro avanço de "Tristana", com edição prometida para este primeiro trimestre. À voz de Ana Magalhães, junta-se a guitarra portuguesa de Ricardo Gordo, um exímio mestre que já colaborou várias vezes nos trabalhos de Stereossauro.
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