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Concertos

Sétima Legião, a celebração de 40 anos e a homenagem a Ricardo Camacho

Sétima Legião, a celebração de 40 anos e a homenagem a Ricardo Camacho

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A Sétima Legião regressou aos palcos nos passados dia 1 e 2 de dezembro, 40 anos depois do arranque de uma das histórias mais celebradas do pop rock nacional. Estes concertos são também uma homenagem a Ricardo Camacho, produtor e teclista do grupo, que faleceu em 2018.

Duas noites na Culturgest, em Lisboa, com a Sétima Legião reunida para celebrar 40 anos de existência e homenagear um dos nomes que mais contribuiu para o sucesso da banda, Ricardo Camacho. Em palco juntaram-se Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas), Nuno Cruz (bateria, percussão), Gabriel Gomes (acordeão), Paulo Marinho (gaita de foles, flautas), Paulo Abelho (percussão, samplers) e Francisco Menezes (letras, coros), a formação que acolheu também João Eleutério, que tem corrido mundo com o projeto de Rodrigo Leão a solo e que agora assegurará os teclados, o lugar que até 2018 era então ocupado pelo conhecido músico e produtor, Ricardo Camacho.

A Sétima Legião surgiu em '82, no meio de um panorama musical bastante agitado, mas apresentava uma visão singular da música, especialmente centrada na folk. Estrearam-se nas edições um ano depois da sua formação, com o single "Glória" e o primeiro LP intitulado "A Um Deus Desconhecido" surge em 1984, com textos de Miguel Esteves Cardoso, e mostra uma banda que estava em perfeita sintonia com as sonoridades que chegavam de outros cantos do mundo, mas com uma raiz tradicional muito portuguesa. Esta mistura entre folk e rock, com outras sonoridades mais alternativas da pop, levaram a banda para um patamar diferente das pujantes guitarradas que se ouviam bastante na altura. A Sétima Legião deixou desta forma uma marca única na produção musical nacional dos anos 80 e 90, muito vincada por um coletivo bem maior que as formações habituais de rock e por músicas com inspiração nas raízes mais tradicionais. Com estes concertos de aniversário, a banda pretende revisitar os seus clássicos mais conhecidos e dar uma nova energia a temas emblemáticos como «Sete Mares» ou «Por Quem Não Esqueci», sucessos que ainda hoje têm lugar garantido na programação da Rádio Voz da Planície. Deste grande coletivo, saíram músicos e outros projetos ímpares da música portuguesa, desde o já mencionado Rodrigo Leão, mas também os Madredeus, Gaiteiros de Lisboa, Golpe de Estado e Cindy Kat, "prova de que foi na Sétima Legião que se ensaiaram importantes ideias que geraram fértil descendência".

E a mensagem deixada no final dos concertos, promete novas datas e novos palcos para continuar esta grande celebração.

fotos: DR / Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

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