imagens: Jaime Serôdio/SPA / Inácio Ludgero/Visão / DR
Natália Correia, notável personagem da cultura e da política do século XX, foi poetisa, dramaturga, romancista, ensaísta, tradutora, jornalista, guionista e editora. Ficou conhecida na imprensa escrita, mas também na televisão, nos anos 80, através do programa Mátria, onde advogou uma forma especial de feminismo (afastado do conceito politicamente correcto do movimento), o matricismo, identificador da mulher como arquétipo da liberdade erótica e passional e fonte matricial da humanidade; mais tarde, à noção de Pátria e de Mátria acrescenta a de Frátria.
Deputada da Assembleia da República entre 1980 e 1991, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Juntamente com José Saramago, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues fundou a Frente Nacional para a Defesa da Cultura, em 1992. Foi a autora da letra do Hino dos Açores, arquipélago onde nasceu, e tem uma biblioteca com o seu nome em Carnide, Lisboa.
Sobre o disco, diz Renato Júnior que “a ideia surgiu à mesa de um restaurante numa conversa com um amigo, corri para casa e comecei de imediato a procurar e a mergulhar na poesia de Natália Correia, uma hora depois estava a compor os primeiros acordes. A escolha das vozes foi fácil, pois à medida que as canções iam surgindo os nomes para as interpretar apareceram-me naturalmente. Os convites foram feitos e felizmente aceites”.
O espetáculo ruma hoje, 7 de setembro, até Coimbra, e segue depois para Ermesinde e Alcobaça. Como já referido, dia 13 de setembro, dia de aniversário do centenário de Natália Correia, a RTP1 volta a emitir o concerto gravado na Aula Magna em Lisboa, concerto promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores.
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