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Joana Alegre prepara o seu terceiro álbum de originais

Joana Alegre prepara o seu terceiro álbum de originais

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Joana Alegre tem nova canção, intitulada "Nó", e é o primeiro avanço para o seu próximo álbum "Luas". A cantautora promete um disco "mais feminino e selvagem, visceral, sem preocupações de encaixe normativo". Enquanto não chega este novo trabalho, vamos conhecendo as suas canções e "Nó" já é um dos destaques na Rádio Voz da Planície.

fotos: DR

Joana Alegre está a preparar o sucessor de "Centro", o álbum que editou em 2021 com produção de Luísa Sobral e no qual estão incluídas grandes canções que fazem parte da playlist da Rádio Voz da Planície. Agora, prepara o terceiro disco, ao qual já deu o título de "Luas", e entretanto decidiu partilhar nas redes sociais uma parte desta sua nova criação e falar sobre ela. Chama-se "Nó" e uns dias antes de a lançar, disse: "Um nó. Eu tenho um nó. Na garganta, no peito, visceral. Cabe o mundo nesse nó, todo de angústia. Rígido e apertado de injustiça, seco, áspero. Pergunto-me se serei só eu? Desde sempre me senti fora do baralho, como se fosse um erro cósmico vir a esta vida com este sentir. Hoje em dia mais do que nunca. Haverá por aí mais alguém assim?"

E no dia em que mostrou esta nova canção, acrescentou que "veio há pouco mais de um ano, na dor e impotência a cada vez que se liga a televisão para assistir à invasão em directo ou a revolução e repressão no Irão, crise dos refugiados, alterações climáticas de consequências devastadoras, enfim, um mundo incoerente, em retrocesso, sufocante. Ficava sempre o Nó, que sendo existencial e antigo, se adensou com a conjuntura e soltou-se na canção.
Este é o primeiro avanço do álbum "Luas", porque se vislumbra o que aí vem não só no mood de um álbum mais feminino e selvagem, visceral, sem preocupações de encaixe normativo, mas ao mesmo tempo a explorar a consolidação de uma sonoridade baroque pop mais electrónica que sempre quis trazer à minha música."

Enquanto esperamos por mais informações sobre "Luas", o terceiro álbum de originais, relembramos um pouco da história de Joana Alegre. Em 2011 lançou o seu primeiro disco, intitulado "The Pulse", onde se afirma como cantautora, escrevendo maioritariamente em inglês. Simultaneamente, colaborou com inúmeros artistas, tendo feito várias parcerias, com destaque para o bem conhecido tema "E Agora?", cuja interpretação dividiu com Mikkel Solnado.

Joana foi-se afirmando como artista indie e soul, mas também como vocalista de jazz e gospel, integrando o coro Gospel Collective. Em 2016 lançou o álbum "Joan & The White Harts", com canções em inglês e português, onde conta novamente com Mikkel Solnado e os Gospel Collective, mas também com Mimicat e Jota Erre. Em 2019, além de ter sido semifinalista no International Songwriting Competition, com o tema "Vast", brilhou no programa The Voice Portugal e chegou à final, conquistando o terceiro lugar. Participou depois no Festival RTP da Canção em 2021, com "Joana do Mar", tema inspirado na sua vida também ligada ao mar e ao surf, e meses depois editou o seu segundo álbum, desta vez com todas as canções escritas em português, e ao qual deu o título de "Centro", contando como já referido, com a produção de Luísa Sobral que também participou na bela "Canção do Instante".

Joana é filha do conhecido escritor e político Manuel Alegre, e paralelamente ao seu percurso musical, é licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais, e mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação, e foi deputada independente na Assembleia Municipal de Lisboa, entre 2017 e 2021.


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