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Inês Trevo “Solta” o primeiro álbum

Inês Trevo “Solta” o primeiro álbum

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A cantautora Inês Trevo estreou-se nos discos de originais com "Solta". São 15 canções que refletem "a força de quem quer mostrar que está cá, a energia de quem traz coisas para dizer, a leveza das palavras certas e a frescura musical desamarrada de preconceitos estéticos". À conversa com a Rádio Voz da Planície, Inês Trevo falou sobre este desejo realizado e o percurso que a trouxe até onde sempre sonhou estar.

Foto: Inês Trevo/Brandit

imagens: Inês Trevo / Brandit / DR

“Este primeiro álbum foi muito desejado e planeado. É um conjunto de canções que, direta ou indiretamente, fizeram ou fazem parte da minha vida, do meu percurso em forma de cura”, confessa a artista.

Ao ouvirmos o disco de uma ponta a outra atravessamos diferentes sonoridades, desde uma notória inspiração na pop/rock dos anos 90 às baladas escritas de forma sincera e cuidadosa. Ouvimos falar de pessoas (direta ou indiretamente), de estados de alma e do que se vê ao redor quando se está atento ao mundo e aos outros, numa linguagem por vezes enigmática, mas sempre cheia de subtexto.

Entre o português e o inglês, os temas revelam claramente a destreza da artista na escrita de canções (melodia, harmonia e letra), complementada pelos contributos trazidos por cada músico e ainda pelo trabalho de produção levado a cabo por Ruben Portinha que, de resto, é também uma das vozes convidadas, tal como Elsa Frias e Pedro Vicente.

Peculiar é a forma como começa e termina este álbum. A primeira faixa – “Introito… talvez” - é um instrumental plenamente composto e executado pelo músico José Manuel David. Já o último tema, “Mensagem”, foi composto por Ruben Portinha, inspirado num poema de Margarida Pereira – a “dona Margarida”, vizinha do quinto esquerdo que toda a vida foi enfermeira, que gostava muito de escrever poesia e que nos deixou aos 86 anos. O poema foi oferecido à artista e daí surgiu a ideia de o eternizar em forma de canção.

Mas este disco tem ainda mais gente dentro. Foi enriquecido com as participações dos músicos convidados Otto Pereira (violinos em “Inquietação”), Eduardo Cano (saxofone em “Go find”) e Carlos Lopes (acordeão em “Pingos de prata”, o single de estreia), além de Pedro Vicente que, para lá de ter emprestado a voz ao tema “Não me perdi”, foi também o pianista de serviço nessa mesma canção.

Da formação base fazem parte João Coelho (bateria), Nuno Barreto (guitarra elétrica), José Manuel David (teclados), Ruben Portinha (guitarra acústica e elétrica) e Ricardo Duarte (baixo).

“Os cantores Elsa Frias e Pedro Vicente pareceram-me as escolhas mais acertadas para o que os temas pediam. O Otto Pereira, o Eduardo Cano e o Carlos Lopes foram as peças que faltavam aos temas em que participaram. Os fundamentais João Coelho, Ricardo Duarte, Nuno Barreto e José Manuel David, tinham de estar presentes pelo feeling que eu sentia que iam dar aos temas, e a verdade é que superaram todas as minhas expectativas”, confessa Inês Trevo. “Quanto ao Ruben Portinha, certamente que sem ele não era possível avançar, pelo apoio, incentivo, por ter acreditado e nunca me ter deixado desistir, além do seu trabalho impecável ao longo de todo o processo”, acrescenta.

“Solta” é uma edição de autor, com distribuição digital da Brandit e ainda disponível em formato CD. O espetáculo de apresentação aconteceu no passado domingo, na URCA, em Sintra. Seguem-se vários showcases nas lojas Fnac da Grande Lisboa.

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