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Música

Declaração de interesse nacional da obra de José Mário Branco

Declaração de interesse nacional da obra de José Mário Branco

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Hoje, um grupo de cidadãos entregará na Assembleia da República a petição com mais de 5200 assinaturas recolhidas com vista à declaração de interesse nacional e consequente classificação da obra fonográfica do músico José Mário Branco. Nascido em 1942 e falecido nesse mesmo dia, em 2019, o intérprete, compositor, arranjador e produtor portuense tem um percurso em disco entre 1969, data em que foi editado o EP "Seis Cantigas de Amigo", e o próprio ano em que faleceu, em que produziu o álbum "Ruas e Memórias", do fadista Marco Oliveira.

imagens: José Mário Branco / DR

O último disco de José Mário Branco em nome próprio, a coletânea "Inéditos - 1967-1999", foi publicado em 2018, mas a riqueza da sua obra não se esgota unicamente nesses registos, devendo compreender as composições escritas para outros e ainda as produções, destacando-se o seu trabalho inovador na área do fado a partir da década de 1990, especialmente ao lado de Camané e da letrista Manuela de Freitas.

José Mário Branco dirigiu, entre outros, o álbum "Cantigas do Maio" (1971), de José Afonso, publicado na mesma altura do seu primeiro álbum, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontade", colaborando com Sérgio Godinho em diversos momentos do percurso de ambos. Depois de 1974, fundou o Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, responsável por uma nova abordagem ao cancioneiro tradicional português. Com este pedido de classificação, os proponentes e os signatários pretendem que a obra de José Mário Branco seja mais divulgada, estudada e interpretada, tendo em conta a riqueza do seu criador, onde confluíam os universos da música popular, da música erudita e ainda de uma importante passagem pelo teatro.

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