Os Bela Ensemble nasceram em Alfama, no seio de uma das casas mais emblemáticas da tradição musical desse pitoresco bairro de Lisboa, A Tasca da Bela. Uma casa que transpira tradição, mas que também é uma montra da Alfama contemporânea, habituada a conviver, desde sempre, com culturas e gentes de todos os cantos do mundo.

Fados sobre poemas de antigos como Henrique Rego, Gabriel de Oliveira ou João Dias, são aqui cuidadosamente revestidos com uma roupagem contemporânea. Nesse processo criativo e musical, a carga emocional e poética da tradição é o veículo perfeito para novos arranjos e para a desconstrução rítmica, entre a tradição e a experimentação.

Os Bela Ensemble são, assim, uma mistura cuidada de ritmos e balanços oriundos de outras latitudes, das músicas do mundo como o flamenco, música afro-latina, sobretudo de Cuba e do Peru, ao samba brasileiro. Acompanhada, ocasionalmente, com rock, metal ou até música progressiva.

Na sua formação contam com a voz de Ana Margarida, a percussão de Carlos Mil-Homens, o contrabaixo de João Penedo, o violino de Otto Pereira e a guitarra de 7 cordas de Rafael Brides.

"Eu sou povo e canto esperança", um fado vestido a rigor pelo tango, já se ouve na Rádio Voz da Planície.