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Festivais

Alentejo World Heritage Festival

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Nos dias 25, 26 e 27 de Agosto, a vila alentejana de Cabrela (Montemor) recebe a primeira edição do Alentejo World Heritage Festival. Ao longo destes três dias, a vila será o palco perfeito para uma fusão das três principais tradições musicais da Península Ibérica: o cante alentejano, o fado e o flamenco, reconhecidas como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Sara Correia, Luís Trigacheiro, Duquende e Celina da Piedade, são alguns dos nomes do cartaz. David Lopes, o mentor do evento, contou à Voz da Planície a história do festival e revelou alguns dos seus pontos altos.

imagens: Alentejo World Heritage Festival / Tripadvisor / DR

Entre 25 e 27 de Agosto acontece a primeira edição do Alentejo World Heritage Festival e darão voz a este festival Sara Correia (fado), Luís Trigacheiro (cante), Celina da Piedade, coro participativo de cante alentejano, a companhia Barcelona Flamenco Ballet e Duquende (considerado um dos cantores de flamenco mais conceituados), entre outros artistas, numa ode perfeita à herança musical da Península Ibérica.

O ponto alto do festival acontece dia 26 de Agosto, numa deslumbrante seara, com o pôr do sol como pano de fundo. O concerto “Cante Alentejano, Fado e Flamenco numa seara alentejana” está marcado para as 19h30 e junta, em palco, Sara Correia, Luís Trigacheiro, Duquende, a companhia Barcelona Flamenco Ballet, o Trio de Daniel Bernardes, Os Músicos do Tejo e o Coro Participativo de Cante de Cabrela.

“Lembro-me da primeira vez, em que há quatro anos, olhando para uma seara na Estremadura espanhola, senti que estava no Alentejo. Era o mesmo cheiro de fim de tarde, a mesma brisa quente, o mesmo chilrear dos pássaros. Sentado à sombra de uma oliveira, lembrei-me de uma imagem numa seara parecida em que construíram uma sala de concerto ao ar livre rodeada de fardos de palha empilhados, que formavam as paredes insólitas de um evento mágico. Esta imagem levou-nos, em conjunto com a Égide, a imaginar um território cultural comum, resultante do encontro imaterial do Cante, do Flamenco e do Fado. Ficámos presos a essa imagem de mesclar as vozes, as guitarras e a dança de expressões musicais que convocam a nossa herança moçárabe e judaica. Sentimos, por fim, que este momento de encontro teria que ser num chão de terra e palha, seco e forte, como é sempre a força interior. Cabrela acolheu-nos. Ilumine-se o crepúsculo do fim do dia e celebre-se a música que nos torna próximos”, palavras de David Lopes, diretor do festival, que falou com a Voz da Planície e contou a história do festival e também revelou alguns dos pormenores do que vai acontecer durante os três dias do evento.

Este é um evento que pretende contribuir para uma maior oferta cultural de excelência num território de baixa densidade populacional, como é a Vila de Cabrela, que conta já com um histórico de um conjunto de iniciativas culturais com uma surpreendente adesão por parte da comunidade local.

O Alentejo World Heritage Festival é promovido pela associação Égide – Associação Portuguesa das Artes, em coorganização com a associação Lar Doce Ler e apoio institucional e logístico da Câmara Municipal de Montemor e da Junta de Freguesia de Cabrela.

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