Organizações de agricultores do Alentejo consideraram bem-vindos os novos apoios aprovados pelo Governo para fazer face aos prejuízos provocados pela doença da língua azul, ainda que as medidas fiquem aquém do necessário.
A Assembleia da República recomendou ao Governo que realize, com urgência, uma campanha obrigatória de vacinação dos ovinos contra o serotipo três da língua azul.
"Até à data já se contabilizaram mais de 40 mil mortes entre a população de ovinos, face a igual período do ano passado. Perante tal excesso de mortalidade, verificado de Norte a Sul do País, o setor precisa de ajudas para ultrapassar grave situação económica e financeira gerada por esta epidemia, cuja situação se pode agravar nas próximas semanas", afirma a CAP, em comunicando, pedindo que a "vacinação obrigatória seja imediatamente incluída no Programa de Sanidade Animal (PSA) e disponibilizada sem encargos para os produtores".
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) autorizou, temporariamente, três medicamentos contra a língua azul, dois dos quais ainda não estão disponíveis no mercado, foi anunciado. “A DGAV autorizou a utilização temporária dos medicamentos veterinários – Bluevac 3 suspensão injetável para bovinos e ovinos, Bultavo 3 suspensão injetável para ovinos e bovinos e Syvazul BTV 3 suspensão injetável para ovinos e bovinos”, lê-se num esclarecimento técnico da DGAV.
A doença da língua azul já afetou, pelo menos, 279 explorações de bovinos e ovinos, sobretudo em Évora e Beja, e provocou a morte de 1.775 animais, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura à Lusa.
A febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul, está a propagar-se no Alentejo e a dizimar vários rebanhos, já com milhares de animais mortos, provocando prejuízos aos criadores, que se queixam de falta de apoios.
A Federação dos Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) enviou uma carta ao ministro da Agricultura, manifestando preocupações sobre os "elevados prejuízos que o setor pecuário do Alentejo está a sofrer em resultado da progressão desta doença, conhecida como língua azul. "O impacto é grande pois provoca a morte dos efetivos e começou em Vidigueira/Portel/Viana do Alentejo alastrando para o resto do território, bem como para a vizinha Espanha. Não é contagiosa para o ser humano e a única solução é a vacinação".
A febre catarral ovina, conhecida como língua azul, está a afetar nove distritos de Portugal e a vacinação é obrigatória para reprodutores, segundo dados hoje divulgados. Todos os distritos e concelhos do Alentejo estão abrangidos.
A ULSBA faz saber que no cumprimento do Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-21, e dado o previsível aumento de afluência de utentes com queixas do foro respiratório, a ULSBA criou Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios e Covid-19 (ADR) nos Centros de Saúde de Beja, Castro Verde e Cuba, que já estão em funcionamento.
O mundo está com olhos postos no COVID-19, o novo coronavírus que apareceu pela primeira vez na China e que já se propagou a diversos países. Filomena Araújo, delegada de Saúde Pública da Região Alentejo, afirma que os profissionais e os hospitais estão preparados para responder aos casos que possam surgir. António Franco, um bejense, treinador de futebol de uma equipa chinesa há cerca de 5 anos, acompanhou de perto o "drama" vivido em território Chinês.
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