No documento recordam que “a água é um bem essencial à vida, à saúde e ao bem-estar” e que “o seu acesso é um direito humano.”
Frisam, também, que “por ser imprescindível é, pois, um recurso apetecível pelo setor privado. A mercantilização da água, através da exploração com fins lucrativos, implica perda de qualidade, custos para o erário público e tarifas mais elevadas para os consumidores. Sobrecarregam e condicionam as famílias e as empresas. Por isso, a tendência global, notória há vários anos, que inclui muitos países da União Europeia, tem sido no sentido da reversão das privatizações dos serviços de água e a sua remunicipalização. E Portugal não é exceção. São muitos os municípios que procuram retroceder o processo no sentido de trazer a gestão deste recurso fundamental para a esfera pública, em virtude da constatação de que ao enorme aumento na faturação dos seus munícipes não corresponde a melhoria na qualidade dos serviços prestados, nem ao nível da intervenção nas infraestruturas. Pode, aliás, ser catalisador do agudizar das diferenças, penalizando quem se encontra em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica.”
No documento enviado à nossa redação, os vereadores da CDU dizem que “a tarifa da água, saneamento e resíduos, praticada no concelho de Beja é a mais alta de todo o distrito” e que “os Vereadores da CDU estarão atentos às tentativas de privatização da gestão da água que se têm vindo a colocar e continuará a pugnar pela defesa do caráter público da EMAS.”
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