A provedora da Santa Casa Misericórdia de Serpa (SCME), Isabel Estevens, indicou que a UMP vai integrar a administração do Hospital de São Paulo ao abrigo de “um acordo de gestão em parceria” entre as duas entidades.
O acordo, referiu a responsável, prevê que “a UMP possa fazer a gestão do hospital, no âmbito do acordo de cooperação com o Estado, que inclui o serviço de urgências, consultas externas, meios complementares de diagnóstico e a abertura da unidade médico-cirúrgica”.
Assinalando que o acordo com o Estado termina “no final de 2024, princípio de 2025”, a provedora recusou desistir da gestão do hospital, alegando estar “a trabalhar com a UMP para a unidade ter uma gestão hospitalar profissionalizada” e dar resposta às necessidades da população. A responsável escusou-se a apontar as datas, quer para a reabertura do serviço de urgência, quer para a inauguração da unidade médico-cirúrgica, remetendo essa divulgação para a UMP.
Gerido até agora pela Misericórdia de Serpa, o hospital tem o serviço de urgência encerrado desde 30 de setembro passado, o que foi justificado pela SCME, em meados de outubro, com a “grave situação económica” da instituição, que provoca a falta de médicos. Segundo a provedora da SCME, o atual tesoureiro da União das Misericórdias Portuguesas, José Rabaça, “será a pessoa a presidir ao conselho de administração a criar” para gerir o hospital.
O presidente da UMP, Manuel Lemos, explicou que a União das Misericórdias aceitou ajudar na gestão do hospital de Serpa depois de a SCME ter manifestado dificuldades para gerir a unidade e pedido apoio. Acrescentou que "vai entrar na gestão do hospital e ficar “uns anos”, para a Misericórdia de Serpa “ir ganhando competências”, até ao dia em que a União sairá e irá apoiar outras instituições.
Sobre as datas para a reabertura da urgência e inauguração da unidade médico-cirúrgica, o presidente da UMP limitou-se a dizer que estão a ser feitas “diligências para começarem a funcionar o mais depressa possível”. Em relação à unidade médico-cirúrgica, Manuel Lemos salientou que a empreitada está “na fase da montagem dos equipamentos”. Construída de raiz, esta unidade envolve um investimento de 3,7 milhões de euros e vai substituir o bloco operatório do Hospital de São Paulo, desativado em 2005.
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