A UMAR, através do Observatório de Mulheres Assassinadas, avançou com dados preliminares, relativos ao período entre janeiro e junho de 2021, que contabilizam 14 assassinatos de mulheres, sendo que seis dessas mulheres foram “vítimas de femicídios nas relações de intimidade”. Foram registadas 27 tentativas de assassínios, das quais 23 foram tentativas de femicídios em contexto de relações de intimidade.
Segundo o que se pode ler no “Notícias ao Minuto”, os dados do Observatório são “resultado da recolha de notícias publicadas nos órgãos de comunicação social em Portugal e inclui todas as mulheres que foram intencionalmente assassinadas e noticiadas”, sendo que uma parte são femicídios, isto é, casos em que a morte tem por base motivos de género e tanto podem ter sido cometidos pelo parceiro, familiar ou desconhecido.
Destaca-se que, desde 2004, foram assassinadas 569 mulheres, das quais 455 em contexto de relação de intimidade e no mesmo período de tempo, ocorreram 671 tentativas de homicídio, revela a UMAR fazendo um balanço dos últimos 16 anos.
"Muitos destes crimes ocorreram no contexto de violência prolongada no tempo, e teria sido possível preveni-los com uma atuação atempada tanto por parte da sociedade civil quanto por parte das autoridades”, refere a organização, defendendo que, estes resultados demonstram a importância de analisar os dados sobre assassinatos e femicídios em Portugal, de forma a visibilizar esta problemática e “preveni-la de modo efetivo”.
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