Estas são revelações feitas na sondagem da Universidade Católica para a RTP e jornal Público na semana do debate do estado da nação e na qual os inquiridos apontam dificuldades crescentes para desenvolver atividades de lazer e colocar dinheiro nas poupanças.
Os dados revelam um ligeiro crescendo nas dificuldades de cumprimento no sector da habitação, seja no pagamento de rendas ou no pagamento das prestações de empréstimo, e uma variação mais ligeira de um ponto percentual na questão das contas de energia e água, encargos com escolas e despesas de saúde. O agravamento de vida manifesta-se depois na menor capacidade de poupança e nas verbas gastas com lazer.
À questão sobre "se nos últimos 12 meses os inquiridos sentiram dificuldades financeiras no que respeita ao pagamento atempado de determinadas despesas", a alimentação mantém-se a mais assinalada (26 por cento agora, face aos 25 por cento da sondagem da Universidade Católica de fevereiro último).
Os restantes indicadores surgem também sem variação significativa face a esse estudo de há cinco meses. Com a alimentação à cabeça nas despesas mais difíceis de cumprir, seguem-se as despesas com saúde e medicamentos (24 por cento agora, face aos 25 por cento de fevereiro), as rendas ou prestações dos empréstimos para habitação (23 por cento para 21 por cento - aqui a maior variação nestes itens, de 2 pontos percentuais), as contas com eletricidade/água/gás (20 por cento para 21 por cento) e mensalidades com creches/escola/lares/ATL (20 por cento para 21 por cento).
De sublinhar que ao contrário da habitação e da alimentação, onde os inquiridos assinalam uma maior dificuldade para cumprirem com essas obrigações, apesar de ligeiras, no que respeita a contas de energia, saúde e escolas/lares esta amostra aponta um desagravamento na incapacidade para responder aos compromissos.
Em relação aos hábitos de consumo, o inquérito procurou saber, nos últimos meses, se as famílias alteraram determinados hábitos - desde a poupança, até ao lazer e escolha de produtos sem marca nas suas compras.
Face às respostas obtidas, as maiores alterações apontam na direção da menor capacidade de poupança e de desenvolver atividades de lazer. Assim, e por item de análise, encimam a alteração de hábitos esses gastos com lazer, com os inquiridos a assinalarem que “jantares fora, cinema, concertos e canais de TV” tiveram um corte em 51 por cento das famílias, aumentado em apenas 6 por cento dos lares, enquanto que 43 por cento nada alteraram neste capítulo.
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