Com esta ação, a organização quer pressionar o “Ministério da Agricultura, a Direção Regional da Agricultura e Pescas, as autarquias territorialmente competentes, a EDIA – Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas de Alqueva e o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas ou a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, quanto às denuncias feitas desde 2019 pelo Movimento Alentejo Vivo, Juntos Pelo Sudoeste e Associação Ambiental Amigos das Fortes, no que toca às irregularidade e atentados que se estão a cometer na região, com o objetivo de parar o ecocídio e responsabilizar quem o tem promovido.”
No documento de divulgação desta ação pode ler-se, ainda, que “Numa das regiões mais vulneráveis à crise climática e onde o processo de desertificação é evidente, assistimos nos últimos anos à instalação de um modelo agrícola baseado num sistema de monoculturas, o qual se estende a várias regiões do Alentejo e do Algarve. Os impactos são variados e vão da poluição e sobre exploração dos recursos hídricos, erosão do solo e perda de biodiversidade, ocupação de áreas protegidas, destruição de património arqueológico, poluição sonora, degradação do património paisagístico, até ao impacto lento mas letal na saúde de todos os seres vivos que habitam estas regiões, tanto por via dos pesticidas e fertilizantes aplicados junto às povoações como devido a unidades de extração de óleo de bagaço de azeitona. A tudo isto associam-se os problemas derivados do recurso a mão-de obra de migrantes, os quais vivem muitas vezes em condições degradantes e sujeitos a trabalho quase escravo.”
A denuncia prossegue, referindo que “O distrito de Beja é o epicentro da implementação deste modelo inadmissível às necessidades do presente e do futuro. É urgente a implementação de um modelo agrícola regenerativo e baseado na agro ecologia para garantir condições dignas à sobrevivência das gerações futuras.”
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