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Cultura

“Tem havido falta de investimento na salvaguarda do património”

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“Tem havido falta de investimento na salvaguarda do património”


Miguel Serra foi o convidado do último “Magazine da Semana” e nele falou sobre a audição parlamentar onde participou, em nome da Câmara de Serpa, sobre “situações de destruição de vestígios arqueológicos na região do Alentejo”. Miguel Serra relevou o papel das autarquias nesta matéria, e em particular a de Serpa, e recordou que “tem havido falta de investimento na salvaguarda do património por parte de quem decide”.

Aquela audição parlamentar foi requerida pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. Nesta iniciativa foi possível “tomar conhecimento concreto das reais ameaças que estão a ser feitas ao património arqueológico na região e perceber de que forma se evitam e previnem estas ocorrências, ou seja, quais as medidas de gestão do território e do Património urgem implementar no sentido de resolver de forma sustentada e sistémica, este grave problema, que acontece essencialmente nos concelhos onde existe mais zona de implementação de culturas intensivas.”

Nesta conversa o arqueólogo Miguel Serra, da Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Serpa, explicou o contexto da audição parlamentar onde participou, esclarecendo que “o concelho que representou é um onde a questão das culturas intensivas tem muito peso, assim como as consequências que daí advêm” e neste contexto realçou o “papel interventivo” desta autarquia “nesta matéria”. Revelou, igualmente, o que consta do protocolo assinado pela Câmara de Serpa e a Direção Regional de Cultura do Alentejo que “ajuda a combater muitas das situações que podem prevenir a destruição do património arqueológico”.

Miguel Serra prosseguiu valorizando muitos dos aspetos que já foram alcançados, derivados do facto, desta matéria da destruição do património arqueológico estar a ser tão falada, mas frisou, também, que ainda “há muito para fazer”. Terminou recordando que, “apesar de ter subido ligeiramente, o investimento na cultura, por parte de quem decide, ainda está aquém do desejado” e que “muitas das situações que se passam derivam do facto, da falta de investimento na salvaguarda do património ser sistémica, pois o orçamento previsto para a cultura está abaixo do desejado 1%”.


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