Ana Ademar escolheu o Alentejo, em 2007, quando decidiu ser atriz e abraçar um projeto, em Beja, nesta área, embora já tivesse estado, também, em Évora dois anos. É atriz, foi dirigente associativa e é dona de um bar, a única mulher à frente de um negócio como este em Beja. Ana Ademar diz que levou um certo tempo a perceber que houve situações pelas quais passou que têm a ver com o facto, de ser mulher e fala sobre as suas experiências profissionais, explicando que, apesar de tudo, tem sabido gerir as coisas. Não esconde que na profissão de atriz e enquanto dirigente associativa teve de lidar com preconceitos e estereótipos. No caso do bar, refere, que ser mulher até se tem mostrado uma vantagem.
Celina da Piedade é cantora e compositora e tem, na sua família materna, origens em Baleizão, concelho de Beja. No final da década de 90, do século XX, estudou em Évora e foi nessa altura que começou a envolver-se mais com o Alentejo e o seu património musical. Escolheu Beringel para viver há três anos e frisa que é importante estar no local que se tem como instrumento de trabalho, dizendo que o impacto do que se faz é mais significativo. Apesar da música ser um mundo ainda muito masculino, Celina da Piedade confidenciou à Voz da Planície que nunca sentiu que o seu trabalho fosse desvalorizado por isso. Acrescenta que na sua banda tem privilegiado o trabalho com mulheres e que tem um novo álbum pronto para lançar no dia 19 deste mês.
Duas mulheres que vivem e trabalham no concelho de Beja, que optaram pelas artes como forma de vida e que reconhecem as dificuldades que as mulheres ainda hoje enfrentam, mas que deixam, igualmente, testemunhos otimistas quanto ao futuro.
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