Grande parte do país encontra-se debaixo de uma situação de “stress hídrico”, entre a escassez elevada e extrema, revela o primeiro estudo realizado em Portugal sobre a água que temos, que gastamos ou que perdemos.
Os cenários para o futuro são preocupantes, sendo que o pior se encontra na previsão para 2100, com uma redução de 49% do volume da água dos rios na zona do Algarve, assim como menos 29% de precipitação.
Entre outros resultados, este primeiro estudo conclui que nos últimos 20 anos a disponibilidade de água reduziu-se cerca de 20%, prevendo-se que até final do século diminua entre 10% a 25%.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, acredita que os dados do “estudo de disponibilidades hídricas atuais e futuras” devem assinalar um “antes e depois”, no que diz respeito à água em Portugal. Entre outros aspetos, a água pode ficar mais cara onde é mais rara, que será a sul do país, e as licenças de utilização de água podem ser examinadas de outra forma.
“Mais do que ficar preocupados, a palavra a usar agora é eficiência. A pergunta essencial é ‘como podemos fazer melhor com a água que temos?’. Temos de ter melhor capacidade de gestão, ser mais inteligentes”, sublinhou o ministro do Ambiente, realçando que, os planos de eficiência hídrica para o Algarve e para o Alentejo avançaram “mesmo a tempo”.
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