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STAL fez plenário de solidariedade com trabalhadora delegada sindical frente à Câmara de Beja

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STAL fez plenário de solidariedade com trabalhadora delegada sindical frente à Câmara de Beja

A ação promovida pelo STAL em “solidariedade com uma trabalhadora da autarquia e delegada sindical”, que enfrenta um processo disciplinar porque “contestou a mudança do local de trabalho”. Este ponto foi retirado da ordem de trabalhos da reunião de Câmara.

No início da reunião de Câmara, realizada na manhã desta quarta-feira, os vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU), perguntaram porque foi retirado este ponto da ordem de trabalhos e foi o presidente Paulo Arsénio quem explicou que saiu por sua indicação. Justificou que foi “devido ao facto, dos vereadores da oposição terem pedido consulta do processo em curso”. Acrescentou que decidiu “não fornecer os elementos solicitados via digital, mas sim dar 14 dias para fazerem consulta do mesmo na autarquia”, avançando que este ponto passa “para a próxima reunião de Câmara”.

Foi o vereador da CDU, Vítor Picado, que voltou a falar sobre esta matéria, referindo “não aceitar que se coloque neste pedido de informações desculpas para a retirada de um ponto da agenda”. Frisou “tratar-se da vida de uma pessoa que está suspensa há três meses”. Lamentou, ainda, que “esta situação se passe no Dia Internacional da Mulher”.

O plenário de hoje de manhã contou com a presença de dirigentes regionais e da Direção Nacional do Sindicato, incluindo o seu presidente, José Correia. Nesta iniciativa foi aprovada uma moção, que foi lida no local pelo dirigente local do STAL.

Relativamente ao “plenário em solidariedade para com a trabalhadora da autarquia, delegada sindical, que está a enfrentar um processo disciplinar, o dirigente nacional do STAL, José Correia, salientou que “esta situação demonstra a violência discriminatória a que as mulheres são expostas no seu local de trabalho”. Frisou que “a coação que tem vindo a ser feita à Sofia (...), assentou num ambiente de intimidação, desrespeitador e desestabilizador”.

Sofia Eugénio, a trabalhadora delegada sindical que está a enfrentar o processo disciplinar em causa, marcou presença na iniciativa e agradeceu o apoio que recebeu de “todos colegas”. Avançou que vai “levar o processo até às últimas consequências”.

O final da reunião de Câmara desta quarta-feira ficou marcada por troca de palavras entre dirigentes sindicais presentes no público e executivo municipal.

Osvaldo Rodrigues, coordenador do STAL, leu a moção, aprovada no plenário da manhã, onde é sublinhada a "solidariedade com a trabalhadora que está a enfrentar processo disciplinar". Passando em revista a situação, o documento "acusa a autarquia de represálias"  e de "não ter ouvido o sindicato, como determina a lei, nesta matéria".

Ainda neste documento, o STAL "condena o comportamento do Município" nesta situação e "exige o arquivamento do processo disciplinar". Foram deixadas, também, palavras referentes ao Dia Internacional da Mulher e ao facto, "de não se deverem calar perante injustiças".

Paulo Arsénio, presidente da Câmara, disse "que não dá nem recebe lições de liberdade e democracia", passando a palavra à vereadora que tem o processo disciplinar em mãos, Marisa Saturnino.

Marisa Saturnino salientou a "criatividade do sindicato na realização deste plenário", referindo não se saber de "onde surgiu a ideia de despedimento da trabalhadora em causa pois só o executivo, e os outros vereadores tiveram acesso ao processo, sendo que um deles ainda não o conhece". Acrescentou que "quando se fazem acusações é preciso prová-las" e que "o executivo não tem medo das decisões que toma".

Disse, ainda, a vereadora Marisa Saturnino que este "processo disciplinar já é tardio", fazendo referência a episódios que se terão passado com a trabalhadora em causa, durante a pandemia.

A Voz da Planície, em novembro passado, avançou com a notícia sobre o processo disciplinar, ouvindo as várias partes envolvidas.



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