“A dificuldade em captar médicos para o hospital é evidente, tal como se constatou durante o verão, com o encerramento, por várias vezes, do Serviço de Urgência de Obstetrícia, obrigando a que as doentes se deslocassem mais de 200 km”, refere o documento enviado à nossa redação, frisando que o Hospital de Beja sempre foi carenciado em termos médicos, assim como de outros profissionais de saúde”. Acrescenta que “os sucessivos Conselhos de Administração têm demonstrado incapacidade para atrair profissionais, pondo em causa os cuidados de saúde prestados à população” e que “a carência de médicos vai ainda ser agravada nos próximos anos, dada a sua faixa etária.”
Os sindicatos apelaram, ainda, “aos médicos para que estes não cedam a pressões que ponham em causa os cuidados prestados à população, pois a defesa do doente é a função primordial do médico”. E frisam que “é importante que sejam respeitados o número e a especialização dos elementos de escala de urgência, de forma a evitar longos períodos de espera que, por vezes, pode pôr em risco a vida e a qualidade dos cuidados a prestar.”
Os dois sindicatos dizem, igualmente, recusarem-se “a compactuar com políticas prejudiciais para o SNS, mantendo a sua postura de denúncia perante quaisquer condições que ponham em causa a qualidade da saúde e sugerem que, sempre que se justifique, os médicos devem apresentar as minutas de isenção de responsabilidade por falta de meios.”
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com