"Faltam Professores" é outra das mensagens que se vai ler hoje, 11 de setembro, na data que marca, também, o arranque do novo ano letivo em muitas escolas do País.
Integradas no calendário das ações que serão realizadas na abertura do ano letivo são nove os sindicatos que convergem neste protesto (ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU).
A Voz da Planície esteve em direto, para os 104.5 FM, hoje de manhã à porta da escola Mário Beirão e ouviu o sindicalista Paulo Felix, do Sindicato de Professores da Zona Sul, e Marília Pelica, do Sindicato dos Professores Licenciados. Ouviu alertas sobre os 1.300 horários que ficaram por preencher, assim como a possibilidade de virem a ser colocados muitos docentes não profissionalizados devido à falta de licenciados com esta formação efetuada e devido ao facto de não haver incentivos para ingressar na carreira. Em Beja, foi frisado, as faltas ainda se vão notar mais pois nos dois agrupamentos vão reformar-se, até final do ano, mais de 60 pessoas dos quadros.
Elsa Dores, também do Sindicato de Professores da Zona Sul, falou, também, de como podem vir a ser preenchidos os horários em falta.
Nas diversas escolas do País ficam pendões e MUPIs em locais públicos, nas escolas e sedes de agrupamento de escolas. "Estes materiais de informação e propaganda dirigem-se às comunidades educativas locais, alertando para a necessidade de mobilização em defesa da escola pública e, em particular, para a compreensão do problema da falta de professores que é consequência de políticas de desvalorização da profissão docente", explica o documento enviado à nossa redação pelo SPZS, que integra a Fenprof.
"Complexificação dos processos de trabalho, com uma enorme burocratização do trabalho docente, falta de condições de trabalho, degradação de edifícios e dos equipamentos, insuficiente investimento na sua modernização, manutenção de uma elevada precariedade laboral, baixos salários e baixas perspetivas de valorização das pensões de aposentação, destruição da carreira, incluindo, bloqueamento no acesso aos escalões de topo, elevado desgaste físico e psíquico, inexistência de um regime de gestão promotor da participação dos professores nos níveis de decisão e uma crescente dependência de “vontades” conjunturais das autarquias, entre outros aspetos, somam razões para que o número de jovens que querem ingressar na profissão docente seja muito reduzido, o que é uma ameaça para o futuro que tem de ser encarada com seriedade", alertam os diferentes sindicatos.
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