O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira, fez um balanço “positivo” da paralisação, revelando que até às 08:00 esta teve “uma boa adesão”.
Albino Pereira precisou que, no primeiro turno, a greve contou com uma adesão de cerca de “metade” do pessoal que trabalha no fundo da mina, enquanto nas equipas de superfície fizeram greve “sensivelmente 30%” dos trabalhadores.
A Somincor revelou que, de acordo com os registos de assiduidade da empresa, a adesão à greve “foi de 9,6%”.
A greve geral aos quatro turnos diários na mina de Neves-Corvo foi aprovada pelos trabalhadores, em plenário, no início deste mês e vai prolongar-se até às 08:00 de quinta-feira.
No pré-aviso de greve apresentado, o STIM exigia aumentos dos salários em 150 euros e “das demais matérias de expressão pecuniária”, nomeadamente os subsídios de fundo e de horário longo, e melhoria das carreiras profissionais e promoções automáticas.
A tomada de medidas que salvaguardem a vida, a saúde e a integridade física e psíquica dos trabalhadores foi outra das exigências apresentadas à empresa.
O coordenador do STIM disse que em 2024 a Somincor apenas concedeu “um aumento de 4,3% [nos salários], que não corresponde de forma alguma àquilo que foi reivindicado” pelos trabalhadores, além de “barrar qualquer negociação”.
De acordo com o gestor, a empresa mineira enfrenta “uma situação económica e financeira de grande dificuldade”, motivada por “uma forte pressão inflacionária dos custos, a desvalorização dos preços dos metais base nos mercados internacionais e a desvalorização do dólar”, moeda referência na venda dos metais.
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