A Câmara de Serpa sublinha que “o contrato foi
assinado a 7 de maio de 2019” e que “volvidos quase dois anos, a obra continua
por concluir.” João Efigénio Palma, presidente da Câmara Municipal de Serpa,
recorda a “importância para o desenvolvimento turístico do concelho que tem a
concretização deste projeto”, garantindo que “tudo foi feito dentro da
legalidade, mas que no decorrer da obra os técnicos da autarquia e a empresa
responsável pela fiscalização identificaram deficiências no cumprimento do
contratado por parte da empresa responsável.”
João Efigénio Palma esclarece, também, que se “chegou,
a determinada altura, à conclusão que dificilmente a empresa conseguiria acabar
a obra” e que “a decisão a tomar seria resolver o contrato com a mesma, situação
que foi aprovada, por unanimidade, na reunião de Câmara da passada quarta-feira”.
Revelou, igualmente, que “vai ser aberto novo concurso”.
A operação “Passadiços do Pulo do
Lobo”, candidatada ao Alentejo 2020, foi aprovada pelo valor de
investimento de 401 102,91 euros, sendo comparticipada pelo fundo da União
Europeia FEDER, no montante de 340 937,47euros, lembra a autarquia e o
presidente da Câmara relevou o facto, de “ainda haver tempo para a sua
conclusão dentro dos prazos da candidatura, ou seja até final de 2023. Embora”,
observou, “não seja este o timing
para o Município.”
O PS de Serpa enviou à nossa redação, entretanto, um comunicado onde esclarece que “votou a favor da resolução deste contrato”, por considerar que “os argumentos técnicos fazem sentido”, mas deixando, contudo, a sua “indignação” relativamente “à condução do processo por parte da Câmara Municipal”. Tomé Panazeite, vereador do PS, afirma que “não se coloca em causa a importância deste projeto, mas sim a forma «pouco Verdadeira» como o mesmo correu”, justificando o ponto de vista desta força política.
A Voz da Planície ouviu o presidente da Câmara de
Serpa sobre estas acusações. João Efigénio Palma refere que “é a posição do PS”
que “respeita”, assegurando que foram, “sempre, acautelados os interesses da
autarquia” e que “há tempo, dentro dos prazos determinados pela candidatura,
para construir”.
A Câmara de Serpa recorda que o projeto em causa previa
“a construção de três troços pedonais: uma escadaria com cerca de 300 degraus,
que desce a encosta em ziguezague através de patamares de descanso que funcionam
como miradouros, e dois passadiços de madeira, em sentidos opostos ao longo da
margem esquerda do rio. A estrutura deverá ter três zonas de estadia, com
miradouros sobre o Guadiana, e duas pontes, uma delas sobre a ribeira do «beco
do pulo».
Com a criação dos Passadiços do Pulo do Lobo, o
Município de Serpa pretende criar uma estrutura de apoio à valorização e
visitação do sítio do Pulo do Lobo, tornando acessível e confortável o acesso
pedonal e permitindo o desfrute da margem do rio Guadiana nas imediações da
cascata.
Para além dos passadiços de madeira, serão também
instaladas sinalética e estruturas interpretativas e informativas do espaço
envolvente, visto que para além de melhorar as condições de fruição do espaço
pelo visitante, pretende-se informar e sensibilizar a comunidade escolar e a
população em geral, visitantes e turistas para a temática da conservação e
preservação da natureza, incindindo sobre a riqueza natural, ambiental e
paisagística do Parque Natural do Vale do Guadiana.”
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