A Voz da Planície fez várias tentativas, ao longo da jornada informativa de hoje, no sentido de saber até quando este serviço ficará sem funcionar e para conhecer as diligências que estão a ser feitas para ultrapassar este problema, mas não conseguiu obter respostas pois não chegou à fala com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Serpa.
Recordamos que no passado dia 30 de dezembro de 2021 os utentes deste serviço fizeram uma marcha de protesto frente ao Hospital a exigir a sua retoma. Comissão de Utentes e Sindicato dos Enfermeiros Portugueses também marcaram presença.
Recordamos, também, que várias vozes se levantaram contra a decisão de encerramento deste serviço por "colocar em causa a prestação de cuidados de saúde à população do concelho de Serpa, assim como de outros que também serve, e por considerarem que a "Santa Casa da Misericórdia não está a cumprir o acordo firmado em 2014, por 10 anos, que define a gestão tripartida da unidade - Santa Casa, ARS Alentejo e ULSBA - e o pagamento da prestação deste serviço".
Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Serpa, Grupo Parlamentar do PCP - que revelou o encerramento deste serviço também durante o dia de quinta-feira e questionando a tutela sobre o conhecimento desta matéria e soluções a tomar para a mesma -, a Comissão de Utentes de Serviços Públicos deste concelho e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, todos são unânimes em defender o retorno do Hospital de São Paulo ao Ministério da Saúde por considerarem ser esta a "única via que garante a prestação efetiva de todos os serviços a que está obrigado".
António Sargento, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Beja, referiu à Voz da Planície, no passado dia 29 de dezembro, que esta decisão foi tomada porque "há ausência de médicos para escala". Apelou à resolução breve desta situação, juntamente com todas as entidades de saúde do concelho e do distrito, sublinhando que "nem a própria tutela consegue dar resposta".
Tal como observava o comunicado da Câmara Municipal de Serpa, o encerramento das urgências neste Hospital, em situações pontuais ou mais permanentes, têm sido recorrentes e a Voz da Planície tem feito várias notícias dando conta disto mesmo, dando sempre voz ao provedor, que nas diversas ocasiões em que foi ouvido garantiu, sempre, que este serviço, durante a sua gestão, não "iriam fechar".
Nota: foto do protesto frente ao Hospital de Serpa.
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