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Política

“Sem saúde, educação e transportes não se fixa população”, sublinha o PCP de Beja

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“Sem saúde, educação e transportes não se fixa população”, sublinha o PCP de Beja


O PCP de Beja diz que os “resultados dos Censos 2021 confirmam os efeitos da política de direita no Alentejo”. Manuel Valente frisa que “não há discursos de amor ao território que lhe valha, quando as decisões não são tomadas”.

A Direção da Organização Regional de Beja (DORBE) do Partido Comunista Português (PCP) deixa claro, através das palavras do responsável Manuel Valente, que os resultados definitivos revelados, recentemente, nos Censos 2021 “comprovam uma realidade para a qual o PCP vem alertando há muito, assim como apresentando propostas para a inverter, e contrariar, incluindo no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), tendo sido, uma vez mais, rejeitadas por quem decide”.

“A verdade”, sublinha Manuel Valente, “é que o território tem potencialidades, identificadas, mas os decisores políticos”, referindo-se aos sucessivos governos do PS, PSD e CDS-PP, “continuam a adiar o investimento económico e social fundamental para o desenvolvimento do território”. Acrescentou que “a realidade do Alentejo tem culpados, ou seja os que continuam a não permitir o avanço dos projetos estruturantes, nas áreas da saúde e mobilidade. Por tudo isto, em vez de se assistir a melhorias verifica-se sim, o agravamento das condições de vida das populações, levando à sua saída do território”.

“Sem Saúde, educação, serviços públicos de qualidade e transportes não é possível fixar pessoas”, releva Manuel valente, deixando claro que “está mais do que na hora de se deixar de constatar e passar aos atos”. Neste contexto realçou a necessidade de se avançar “com a criação das regiões administrativas", por considerar o PCP, as mesmas, “fundamentais para contrariar esta tendência verificada há anos no Alentejo, com agravamento acentuado nos últimos dez”.

“Os Censos 2021 revelam que no distrito de Beja, com exceção de Odemira, a população desceu em todos os concelhos, com perdas acima da média nacional. Barrancos, por exemplo, registou menos 20 por cento. Resultados que espelham a dura realidade de grandes fatias da população da região, sujeitas ao desemprego, aos baixos salários, reformas e pensões, com dificuldades inaceitáveis de acesso a serviços e a transportes públicos que assegurem o direito a mobilidade – elemento central para combater o isolamento - e sem perspetivas de resposta do poder central, para vários problemas económicos e sociais da região.”

“Os dados dos Censos 2021 desmentem a propaganda de sucessivos governos relativamente à falsa aposta no desenvolvimento do Alentejo, tantas vezes usada para fins meramente eleitorais. Refletem, igualmente, o brutal impacto que as políticas de exploração e empobrecimento, nomeadamente nos tempos do Governo PSD/CDS, tiveram na região. Não fora a ação e intervenção dos municípios CDU, indo muitas vezes além daquilo que são as suas responsabilidades, e a situação social e demográfica seria ainda pior. É tempo de acabar com mentiras, hipocrisia e promessas vãs. O despovoamento do Alentejo tem responsáveis e esses são o PS, o PSD e o CDS que prosseguem há décadas políticas altamente lesivas do interesse da região Alentejo e do seu povo.”

Para o PCP, “a fixação de população no Alentejo depende em grande medida de uma dinâmica verdadeiramente regional, democrática e participada, só possível com o respeito pelo papel e funções do poder local democrático e com a criação das regiões administrativas, como prevê a Constituição da República Portuguesa, matéria sucessivamente adiada pelo PS e PSD.

Uma visão estratégica que tem de apostar no reforço e melhoria dos serviços públicos de proximidade, em particular nas áreas da saúde, educação e direitos das crianças e dos idosos; que garanta vias de comunicação e redes de transportes em quantidade e de qualidade; que assegure o direito à Habitação (assumindo o Estado o papel que a Constituição da República lhe incube); que aposte nas atividades económicas endógenas com a promoção das fileiras produtivas, que apoie a agricultura familiar, e aposte no apoio à investigação e à ciência, entre outras.

Uma visão estratégica que não é compatível com mais adiamentos na conclusão de infraestruturas essenciais como: o novo Hospital central publico do Alentejo; a construção da segunda fase do Hospital de Beja; a construção do empreendimento de fins múltiplos do Pisão/Crato; a conclusão e qualificação do IP8 e do IP2; o desenvolvimento modernização e aproveitamento da rede ferroviária, entre outras. A realidade que os dados agora conhecidos comprovam, não é uma inevitabilidade. O Alentejo não está condenado ao declínio. Possui recursos e forças que se bem aproveitados garantem um futuro de progresso e desenvolvimento para a região. E tem sobretudo um povo com forças, conhecimentos e muita experiência de luta pela sua região", pode ler-se no comunicado enviado à nossa redação.



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