A Fenprof critica a "insensibilidade" e "injustiça" das propostas do Governo e o STOP diz que cederam pouco "relativamente às questões gravíssimas que estavam em cima da mesa". Ambos prometeram continuar a luta.
Mário Nogueira, da Fenprof, clarificou que continua sem estar em cima da mesa um aspeto essencial e prioritário: a recuperação do tempo de serviço. "E pior foi a forma como o senhor ministro [da Educação] colocou as questões", elucidou.
Como resultado, anunciou uma nova vaga de greves, entre elas: "uma nova greve por distritos durante 18 dias úteis"; "greve a toda a atividade que vá para além da componente letiva normal, portanto haverá greve ao serviço extraordinário"; "greve a todas as reuniões"; "greve a toda a componente não letiva (mantendo-se as aulas)"; "greve ao último tempo letivo de cada professor" e "greve às avaliações (mas ainda sem precisar quando se realizará)".
De acordo com Mário Nogueira, todas estas começarão ainda no segundo período letivo, exceto a greve por distritos que "poderá começar ainda no segundo período ou logo no primeiro dia do terceiro". "Ainda vai ser decidido", frisou.
Em último, mas não menos importante, anunciou uma "greve nacional a 6 de junho", para lembrar o "tempo que está a ser retirado do período de congelamento de carreiras [dos professores]. "São seis anos, são seis meses, são 23 dias", lembrou. Nesse dia "haverá ainda uma grande manifestação de professores à altura da que houve no dia 11 de fevereiro", anunciou.
André Pestana, do S.T.O.P., apontou para que "infelizmente, não houve nenhum acordo porque o Governo cedeu pouco relativamente às questões gravíssimas que estavam em cima da mesa". "Não haver acordo significa que vamos continuar a luta", frisou.
De acordo com André Pestana, o próximo passo ao "não haver acordo faz com que dia 18 reunamos em Coimbra para perceber como continuar".
Sem acordo, André Pestana esclareceu que "as greves vão continuar", mas "se dia 18 a maioria dos sindicatos decidir que é para interromper a greve, nós iremos cumprir". "O S.T.O.P. está ao serviço de quem trabalho nas escolas, não temos nenhuma agenda secreta alheia a quem trabalha nas escolas", rematou.
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