O RASI referente a 2023 sublinha que no crime de "tráfico de pessoas", com relevância para a exploração laboral, a variação em 2023 reflete “um acréscimo em termos percentuais de 158%”.
Os inquéritos pelo crime de “auxílio à imigração ilegal” registaram um aumento de 298%, havendo também novas investigações sobre a prática dos crimes de “associação de auxílio à imigração ilegal”. No ano passado, também, aumentaram as sinalizações sobre vítimas dos dois crimes, com Portugal a ser essencialmente país de destino de vítimas (355 registos).
Dos casos de presumível tráfico de pessoas, 84% relacionam-se com exploração laboral, em setores como a silvicultura e a pesca marítima costeira, mas principalmente na agricultura e no futebol.
No ano passado foram sinalizados 57 menores vítimas desse tráfico, a maior parte associadas a uma operação do SEF (Operação Eldorado) e tratando-se especialmente de rapazes com uma média de idade de 16 anos.
Foram sinalizados ao todo 533 adultos presumíveis vítimas de tráfico em Portugal, a maior parte dos casos confirmados associados à mesma operação, homens com idades entre os 18 e os 23 anos, maioritariamente do Brasil, Colômbia e Guiné-Bissau.
Os dados indicam ainda que em 2023 foram acolhidas 57 vítimas nos Centros de Acolhimento e Proteção, das quais 39 do sexo masculino.
A maioria das vítimas foi alvo de tráfico para fins de exploração laboral (incluindo servidão doméstica) mas outras principais formas de exploração foram sexual, mendicidade forçada, adoção ilegal e escravidão.
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