Foram os vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU) que levantaram as questões da segurança, na capital de distrito, na reunião de Câmara de ontem. O eleito Vítor Picado sublinhou que tem de haver "um conjunto de medidas para acautelar situações de violência e desacatos na cidade, bem como de proteção a quem vem de fora para trabalhar no território".
Aludindo às "desumanas condições de habitabilidade dos imigrantes em Beja", Vítor Picado referiu que "tudo serve para alojar estas pessoas e esta é uma realidade um pouco por todo o concelho". Depois, frisou, "há problemas relacionados com fome entre os imigrantes que devem ser resolvidos".
Quanto às situações de violência e falta de segurança dos munícipes veiculadas nas redes sociais servem, realçou Vítor Picado, sobretudo para "preocupar as pessoas e alimentarem populismos".
Nuno Palma Ferro, vereador do Beja Consegue!, voltou a falar sobre as suas preocupações, na reunião de Câmara, e depois de ter divulgado as mesmas, esta semana, nos órgãos de comunicação social, sobre os episódios de violência e desacatos na capital de distrito, divulgados nas redes sociais.
Deixando claro que a solução para estas situações "não é local, mas sim nacional", Nuno Palma Ferro acusou a Câmara de Beja de "fazer pouco nesta matéria". Acrescentou que "é preciso mais fiscalização por parte do Executivo, sobretudo na pessoa do presidente".
Nuno Palma Ferro clarificou que "as pessoas sentem-se inseguras com as rixas nas zonas mais importantes da cidade. Os comerciantes que têm portas abertas sentem-se intimidados e se as casas que alojam imigrantes não apresentam condições têm de ser fechadas".
O presidente da Câmara de Beja respondeu que "se têm visto episódios de violência, que transmitem insegurança entre os munícipes, em zonas importantes da cidade" e que partilha "as preocupações manifestadas pelos eleitos da oposição", quando surgem "notícias, também, sobre onda de assaltos dentro de viaturas onde estão objetos de valor à vista e que têm portas abertas".
"Desenvolver mecanismos para instalar câmaras de videovigilância em certas zonas da cidade, mais articulação entre a Câmara de Beja e a PSP em matéria de segurança, apostando no reforço do policiamento na capital de distrito caso haja um maior número de denúncias de violência" foram as soluções apontadas por Paulo Arsénio.
Paulo Arsénio referiu, ainda, que será "o consumo e tráfico de estupefacientes que origina episódios de violência e desacatos", que as "situações de crimes e rixas não deixarão de existir mesmo que haja a implementação das câmaras de videovigilância" e que é "preciso confiar na PSP para assegurar a segurança dos cidadãos do centro histórico, nomeadamente na Praça da República".
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