No passado dia 8, o Ministério reconheceu a situação de seca severa e extrema em cerca de 40 por cento do território nacional, acrescentando que a adoção de um conjunto de medidas está sempre dependente da “luz verde” de Bruxelas.
De acordo com o índice "PDSI – Palmer Drought Severity Index", citado pelo Governo, no final de abril, verificaram-se 40 municípios na classe de seca severa e 27 em seca extrema, o que corresponde a cerca de 40 por cento do território.
Para isto contribuíram as temperaturas “acima do normal”, as ondas de calor e a reduzida precipitação em março e abril.
Maria do Céu Antunes sublinhou que, em Portugal, as pastagens estão “completamente nuas”, levando os agricultores a ter que comprar alimentos para os animais, cujos preços têm vindo a aumentar.
“Temos que trabalhar em conjunto para ter medidas concretas que auxiliem, de imediato, os nossos agricultores e não desvirtuem o nosso mercado interno”, assinalou.
A titular da pasta da Agricultura e da Alimentação precisou que o que está em causa é a mobilização extraordinária da reserva agrícola (antiga reserva de crise), notando que a Comissão Europeia tem a intenção de utilizar este mecanismo para ajudar os Estados-membros que fazem fronteira com a Ucrânia a resolver o problema no mercado dos cereais.
Contudo, Portugal, à semelhança de outros Estados-membros, defendeu que isto não é suficiente porque existem outros problemas em cima da mesa, em particular, a seca.
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