Para António Bota, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), sediada em Beja e que junta 13 dos 14 concelhos do distrito, com exceção de Odemira, a situação não tem tido a atenção devida.
“Não soubemos preparar o terreno e as respostas para um problema que sabemos que está cá, que existe e que não é temporário, mas sim um problema que vai persistir”, criticou.
Segundo António Bota, os municípios onde a seca é mais evidente “são os que ficam a sul de Beja”, nomeadamente Almodôvar, Castro Verde, Mértola e Ourique, que “não têm a água do Alqueva”.
Além disso, continuou, estes quatro concelhos são abastecidos pela barragem do Monte da Rocha, no concelho de Ourique, que apresenta atualmente apenas 10,1 por cento da sua capacidade máxima e que só ficará ligada ao Alqueva, através da albufeira do Roxo, no concelho de Aljustrel, em 2025.
“Preocupa-me podermos não ter água para dar às pessoas e perceber que já podíamos ter esta situação minimamente ultrapassada com a ligação do Roxo à Rocha, que ainda não aconteceu e que já podia estar no terreno não fossem as morosidades todas que andaram a criar”, frisou.
O presidente da CIMBAL sublinhou que, mais uma vez, a região “está a sofrer as consequências de uma não resposta da parte das entidades que o deviam ter feito, pois há três ou quatro anos que esta ligação devia estar feita”.
A ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, anunciou na segunda-feira ter assinado o despacho que reconhece a situação de seca severa e extrema em 40 por cento do território nacional, no Sul do País.
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