O presidente da Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), Luís Mesquita, disse que esta entidade encomendou “um estudo prévio” a “uma empresa israelita” especializada na área com vista à construção de uma dessalinizadora no território.
O estudo debruçou-se sobre três cenários: “A costa vicentina, com uma dessalinizadora mesmo junto à costa, um segundo cenário foi o de Sines [no distrito de Setúbal] e o terceiro voltou a ser o Município de Odemira, mas um bocadinho mais para o interior para não colidir com o Parque Natural” do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), revelou.
Segundo Luís Mesquita, o estudo prévio, que estará finalizado “ainda esta semana”, fez ainda o levantamento dos “cálculos do investimento e do custo da água” associados às diferentes localizações.
“O que tem um custo um bocadinho superior é aquele que foge do PNSACV porque tem tubagem e condutas de alguns quilómetros para o interior”, explicou o responsável. No entanto, “é aquele que nos parece mais viável porque será aquele que, com maior facilidade e agilidade, será aceite pelas várias entidades que se têm de pronunciar”, frisou.
De acordo com o estudo, a futura central terá capacidade para dessalinizar 25 milhões metros cúbicos de água/ano e implica um investimento de 200 milhões de euros. O presidente da AHSA disse esperar que o investimento seja feito por “uma empresa ou um consórcio” de empresas, mediante o lançamento de um concurso público. E estimou que o projeto necessite “de um ano” para garantir “todos os licenciamentos” e mais “três anos e meio para a construção” da central.
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