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Saúde: “os grandes impactos na saúde mental” ainda estão por chegar

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Saúde: “os grandes impactos na saúde mental” ainda estão por chegar


Os impactos das medidas de combate ao Covid-19 no “estado da saúde”, no distrito, são relevantes e hoje avançamos as suas consequências na “saúde mental”. Ana Matos Pires faz o “diagnóstico” da região, com preocupações centradas nas “repercussões a médio/longo prazo, na saúde mental, que as consequências da pandemia nas questões económicas e sociais” ainda irão ditar.

A Coordenadora Regional da Saúde Mental do Alentejo, Ana Matos Pires, refere que a “deficiência crónica de recursos humanos na saúde mental no Alentejo já era um problema antes da pandemia, numa região onde a prevalência de depressões, ansiedade e suicídio é demasiado elevada”. “Sem recursos humanos adequados não é possível fazer uma política de intervenção de qualidade ao nível da saúde mental, mas mesmo assim o Alentejo”, frisou, “conseguiu dar resposta no tratamento de pessoas com Covid-19, em domicílio, aos familiares, aos profissionais de saúde e aos lares, tendo criado para estes uma linha telefónica de apoio que ainda está ativa. Manteve-se também a funcionar o internamento, que existe em Beja desde 2015, a urgência e o apoio a outras especialidades”. “Isto porque foi acionado, ainda em março, um plano para dar resposta a estas problemáticas, apesar das dificuldades encontradas e de não ter sido um trabalho fácil de implementar”, tal como esclarece Ana Matos Pires.

“A situação de pandemia agravou tudo, pelo confinamento que se viveu, pelo medo do desconhecido e pelas alterações nas respostas, no que à prestação de cuidados diz respeito, que existiam”, lembra Ana Matos Pires. Mas, a Coordenadora Regional da Saúde Mental do Alentejo considera que o pior ainda está por chegar. Neste contexto adverte para “as consequências desastrosas desta pandemia nas questões económicas e sociais, assim como nas repercussões que tudo isto vai ter na saúde mental das pessoas a médio/longo prazo”, dando como exemplo “o aumento do desemprego”.

Para Ana Matos Pires, “está na hora da saúde mental ser uma prioridade” e deixa aqui, na Voz da Planície, “um conjunto de medidas que estão previstas, no âmbito do Orçamento do Estado de 2020”, que espera que “não se deixem cair” e que, na sua opinião, “serão fundamentais para o tratamento” do que aí vem.

Ana Matos Pires realça, ainda, o facto, desta situação de pandemia ter “demonstrado a importância da saúde mental”, assim como do trabalho que se deve fazer “na prevenção da e na saúde mental”.


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