Num conjunto de mais de 40 recomendações elaboradas por mais de 30 peritos de várias áreas da saúde, o documento refere que, além de reduzir tempos de espera, o desenvolvimento de protocolos e mecanismos para a referenciação de doentes melhoraria os cuidados prestados e a satisfação para os utentes.
“A mesma investigação demonstrou, igualmente, que os médicos especialistas consideram que nem sempre os doentes que recebem trazem já feitos os exames necessários para uma primeira consulta”.
Em Portugal, o diagnóstico à sustentabilidade e resiliência do sistema de saúde foi coordenado por Mónica Oliveira, do Instituto Superior Técnico, e Aida Isabel Tavares, do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade de Lisboa.
As 43 recomendações estão divididas em várias áreas: governança, financiamento, recursos humanos, medicamentos e outras tecnologias da saúde, prevenção e cuidados de saúde, saúde populacional e sustentabilidade ambiental.
Na área da governança, os peritos defendem que o Estado deverá confiar mais nos gestores públicos, com “consequente responsabilização”.
A coordenadora do estudo sublinha a importância da continuidade na prestação dos cuidados de saúde, insistindo na necessidade de coordenação: “temos sistemas que às vezes se complementam, mas às vezes competem. Ficou muito claro que tem de haver um planeamento para se perceber como é o papel do público, do privado e do setor social”, acrescentou.
O grupo de peritos recomenda, também, uma melhor articulação inter-setorial entre a saúde e a Segurança Social para assegurar a continuidade de cuidados.
Acabar com as nomeações políticas dos dirigentes das entidades prestadoras de cuidados, nomeando apenas em função da competência, promover parcerias e colaborações na prestação de cuidados entre os setores público, privado e social e separar os papéis do Estado financiador, prestador, regulador e fiscalizador, são outras das recomendações.
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