Esta nova descendência servirá agora para reforçar as populações existentes em meio natural. A sua introdução acontecerá quando as ribeiras estabilizarem e mantiverem condições ambientais propícias, após a retoma do caudal, que tanto pode ocorrer no outono, no inverno ou apenas na primavera, esclarece o documento do ICNF.
Em média, são mantidos em cativeiro cerca de 250 indivíduos, sendo que periodicamente são realizados reforços de indivíduos das ribeiras para os tanques para redução dos efeitos de perda de variabilidade genética a ela associada dentro de cada grupo e assim potenciar a preservação do património genético, é realçado também.
“O saramugo (Anaecypris hispanica) está classificado como «Em perigo» à escala global e «Criticamente em perigo» a nível nacional, sendo uma das espécies piscícolas de água doce mais ameaçada do País. O saramugo é utilizado como espécie bandeira para a conservação do ecossistema ribeirinho da bacia hidrográfica do Guadiana e desde 2010 que têm sido desenvolvidas ações de conservação com vista a melhorar todo o ecossistema. No final da década de 90, esta espécie existiria noutros locais, ao longo do rio Guadiana, de onde veio efetivamente a desaparecer, restando, em 2005 em apenas cinco sub-bacias deste rio”, é explicado ainda.
Este programa enquadra-se no Plano de Ação do Saramugo – Gestão das Populações de Saramugo em Portugal (POSEUR-03-2215-FC-000086).
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