A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), responsável por esta iniciativa, tem estado a “contar com a participação de docentes, de Norte a Sul do País, dispostos a aguardar no local a apresentação de novas propostas, por parte do Ministério, relacionadas com a revisão do regime dos concursos de colocação, a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das quotas na avaliação e um regime específico de aposentação”.

Elsa Dores, professora, é um dos quatro dirigentes sindicais de Beja que marca presença no acampamento promovido pela Fenprof. À Voz da Planície explicou que está em Lisboa “com tudo” o que precisa para “aguentar 24 horas nesta ação” e esclareceu que “a carreira docente está em risco” e que é por isso mesmo que participa, ou seja para “exigir o respeito que a profissão merece” e esperar que “o Ministério chegue à fala com os presentes”.

Manuel Nobre, presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS), estrutura afeta à Fenprof, recorda que “estes protestos foram revelados no plano de ação apresentado em dezembro de 2022” e frisa que “apesar da nova reunião marcada para o dia 20 deste mês, as ações de protesto prosseguem porque o que está previsto negociar não responde às reivindicações a que urge responder”.

Manuel Nobre realça que “os professores estão acampados frente ao Ministério da Educação para mostrar à tutela que estão disponíveis para negociar”. Acrescentou que “das 16h00 de ontem, e até ao mesmo horário de hoje, o acampamento conta com a participação de professores do Centro e Sul do País”, mostrando a sua indignação sobre a falta de respostas deste Ministério que, apesar de estar a fazer mais reuniões que o anterior, nada tem resolvido”.

Lembramos que a Fenprof continua o período de protestos na segunda-feira, dia 16, e que o mesmo vai até 8 de fevereiro, com greve nacional em todos os distritos. No de Beja é no próximo dia 18. O plano de ação desta estrutura sindical termina a 11 de fevereiro, com uma manifestação nacional.